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10/05/17 às 10:55 / Atualizada: 17/05/17 às 20:52

Policiais serão instruídos sobre procedimentos no combate e repressão a crimes rurais

Luciane Carvalho, do Informe Rio-clarense

AguaBoaNews

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Membros da segurança pública serão capacitados para atender uma antiga demanda do agronegócio de Mato Grosso. Esse é o primeiro curso de Combate e Repressão a Crimes Rurais no país.
 
As instruções teóricas serão ministradas a 40 policiais civis da regional de Nova Mutum, durante 60 horas, entre os dias 15 e 20 de maio, no Sindicato dos Produtores Rurais de São José do Rio Claro, a 315 quilômetros a Médio-Norte de Cuiabá.
 
A proposta visa a identificação de documentos e guias específicas (como receituários e notas fiscais) quanto a origem, manuseio, transporte e destino de animais, defensivos agrícolas, madeiras e equipamentos, bem como a abordagem de legislação e fiscalização, de modo a coibir a prática ilícita de furtos que geram prejuízos milionários no meio rural.
 
Essa é a primeira de duas etapas do conhecimento progressivo. Posteriormente, os policiais receberão instruções sobre práticas operacionais, com metodologias, mecanismos, aplicação de exercícios e diligências.
 
Segundo o investigador da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Rodrigo Matos Emiliano, idealizador do projeto, a segurança pública apresenta preparação deficitária sobre os procedimentos diante de delitos contra bens e patrimônios cometidos por quadrilhas especializadas.
 
“Observamos que essas violações vêm aumentando com o passar dos anos e que os policiais não têm um preparo específico para tal enfrentamento. Levamos o problema ao delegado Carlos Fernando da Cunha, que é diretor da Academia de Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, e logo iniciamos articulações que contribuíram para uma formação abrangente sobre a temática. Agregado o conhecimento, os policiais poderão agir de maneira pontual e eficaz no combate e repressão a esses crimes”, esclareceu.
 
O curso de Combate e Repressão de Crimes Rurais será realizado por meio de uma parceria entre a Academia de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Acadepol), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Sindicato dos Produtores Rurais de São José do Rio Claro, Prefeitura e Câmara rio-clarenses.
 
CRIMES RURAIS
 
A atuação criminosa alça prejuízos milionários no furto de patrimônios em propriedades rurais; contudo, nem todas as transgressões são levadas ao conhecimento da segurança pública.
 
De janeiro a novembro de 2016, foram registrados 187 roubos em propriedades rurais mato-grossenses. O número é maior que o registrado em todo o ano de 2015, que somou 161 ocorrências, segundo o levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT).
 
O furto de animais bovinos, equinos, ovinos, caprinos e suínos também é um crime praticado no Estado. Somente de janeiro a agosto de 2016, foram registrados 246 casos. Já em 2015, de janeiro a dezembro, foram 347 furtos.
 
COMBATE INTEGRADO
 
Ações diversificadas no combate desse tipo de delito vêm sendo desenvolvidas para rastrear e monitorar informações, realizar análise criminal nas Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps), para consolidar os índices de criminalidade nas propriedades rurais e desarticular, por meio de investigações policiais, a atuação de associações e organizações criminosas voltadas às práticas de crimes nas propriedades.
 
Aliada ao empenho da segurança pública, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criou, por meio do Observatório da Criminalidade no Campo (cnabrasil.org.br), um formulário com o objetivo de traçar um diagnóstico e propor ações que combatam a violência que atinge o produtor rural e seus familiares. As informações redigidas serão mantidas em sigilo, importando, porém, as estatísticas de ações criminosas para oferecer dados estratégicos aos órgãos competentes para que tomem as providências adequadas.

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  • por Luciane Carvalho, em 17/05/17 às 19:15

    A jornalista responsável pela matéria é Luciane Carvalho, do Informe Rio-clarense, que solicitou divulgação à PJC-MT. Peço a gentileza da correção. Grata! Da redação: a correção foi feita

 
 
 
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