Técnicos do Indea local estão confirmando a ocorrência do primeiro caso de MORMO em equídeos do Médio Araguaia, ocorrido no município de Nova Nazaré. O Indea local, através do serviço de vigilância, encontrou um animal suspeito. O material foi colhido para exame laboratorial e enviado para o Lanagro em Recife. Trata-se do laboratório oficial do Ministério da Agricultura para investigar a doença em equinos. O Mormo é uma doença infectocontagiosa e considerada uma zoonose (que pode contaminar o ser humano).
O sacrifício do animal está previsto em lei como forma de controle da doença. Este animal suspeito da doença foi sacrificado ontem pelos técnicos do Indea. Para piorar a situação, existe outro animal suspeito de contrair Mormo, no município de Água Boa à espera de diagnóstico confirmatório. Amanhã, apresentaremos detalhes sobre este grave problema que atinge cavalos, mulas e demais equinos.
CONHEÇA MAIS SOBRE O MORMO:
O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pús; secreção nasal; urina ou fezes.
SINTOMAS:
Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispnéia.
CONTAMINAÇÃO:
Acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.
TRATAMENTO:
O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.
Atenção: Devem ser realizadas as seguintes medidas:
- Notificação imediata à Defesa Sanitária
- Isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos
- Sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína
- Cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles.
- Desinfecção rigorosa dos alojamentos
- Suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado.
- Bloqueio e suspensão do trânsito animal da propriedade.