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28/07/15 às 12:30

Sinfra mapeia estradas de chão e apresenta Patrulhas Comunitárias

RUAN CUNHA Assessoria/Sinfra-MT

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A Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT) realizou uma série de reuniões em 10 regiões do Estado para definir as diretrizes estratégicas para distribuir os maquinários das Patrulhas Comunitárias, que irão assegurar a trafegabilidade das rodovias estaduais não pavimentadas. A equipe técnica percorreu entre os meses de março e julho mais de 9,2 mil quilômetros e mapeou seis mil quilômetros de estradas de chão. 

“Esses são os seis mil quilômetros mais importantes de Mato Grosso do ponto de vista da infraestrutura rodoviária. Quando olhamos para os aspectos social, econômico, cultural e turístico, identificamos uma combinação de fatores que tornam essas estradas importantes para o desenvolvimento do Estado”, declarou o secretário adjunto de Engenharia, Rogério Arias. 

Economia de R$ 30 milhões 

Nos encontros, também foi apresentado o novo modelo de gestão das Patrulhas Comunitárias, lançado pelo governador Pedro Taques. A estimativa é que sejam economizados mais de R$ 30 milhões por ano com mão de obra em relação ao modelo existente de patrulhas. 

A nova forma de administração das patrulhas será por meio de parcerias entre o Governo e as Associações Sem Fins Lucrativos. O Governo irá ceder os maquinários do Estado para as associações sem fins lucrativos, que auxiliarão o Estado na manutenção e na conservação das estradas sem asfalto. 

A secretaria disponibilizará o maquinário da patrulha (10 máquinas), óleo diesel e recursos financeiros e, em contrapartida, as associações vão executar os serviços de manutenção das estradas de chão. 

As patrulhas rodoviárias são compostas por cinco caminhões basculantes, duas motoniveladoras, uma escavadeira, uma caminha melosa (comboio) e um de apoio. Elas são responsáveis pela manutenção e conservação dos mais de 24 mil quilômetros de estradas não pavimentadas que existem em Mato Grosso. 

As máquinas das patrulhas serão monitoradas por GPS para garantir cumprimento das metas de cada convênio. A associação se responsabilizará pela remuneração da mão de obra, recursos para manutenção rotineira das máquinas e o projeto de implantação. 

Execução das obras 

Na prática, no período da seca as associações irão executar melhorias na rodovia, como drenagem, cascalhamento, restauração de pontes ou bueiros. Já no período de chuva as associações vão manter o trecho trafegável, eliminando pontos críticos. 

O Governo estima que pelo menos 5.658 quilômetros de estradas não pavimentadas sejam mantidos por meio de parcerias com associações. Isso corresponde a 22% da malha rodoviária não pavimentada do Estado de Mato Grosso, que gira em torno 25 mil km. 

Responsabilidade dos municípios 

Na primeira fase do programa, devem ser atendidos dez trechos pelas Patrulhas Comunitárias. Até o final de 2015, a meta é que entrem em funcionamento 21 patrulhas por meio deste programa. 

Os serviços de manutenção das rodovias não pavimentadas, que não estão no Programa Patrulhas Comunitárias, serão realizados pelas prefeituras de Mato Grosso. 

Isso porque, as administrações municipais vão receber do Governo do Estado cerca de R$ 250 milhões por ano em recursos do Fethab, fundo que prevê investimento na manutenção das estradas. 

No entanto, mesmo assim o Governo do Estado informa que irá contribuir com a manutenção de mais de cinco mil quilômetros da malha rodoviária estadual não pavimentada, por meio das patrulhas comunitárias e próprias da Sinfra. 

De acordo com o planejamento da Sinfra, serão utilizadas ao todo 21 patrulhas comunitárias e três patrulhas próprias, totalizando 24. Contudo, nesta primeira fase, até a finalização dos convênios, vão entrar em funcionamento dez comunitárias e 14 próprias. 

Vistorias 

As reuniões agregadas com as futuras vistorias técnicas visam reconhecer a realidade das rodovias não pavimentadas, além de desenvolver as ações das Patrulhas Comunitárias de acordo com as necessidades registradas para cada região. 

“O que iremos fazer agora é ir a campo revisitar os trechos, fazer um reconhecimento e ver as demandas da sociedade local porque, às vezes, não é somente a patrulha. Você tem uma ponte, uma serra e outras demandas que iremos identificar”, explicou o secretário adjunto. 

Ações por regiões 

Na região Centro-Norte e Nordeste, foram debatidos a melhor forma de parceria para execução da patrulha na MT-130, estrada chão que faz uma grande ligação entre o Sudeste e o extremo norte, além de formar um paralelo com a rodovia federal BR-163. 

No Noroeste do Estado, o debate ficou por conta das MTs 208/313 entre Aripuanã e Rondolândia, uma das rodovias mais importantes definidas pela Sinfra de forma estratégica pela proximidade do porto hidroviário de Porto Velho, capital de Rondônia. “Essa região nunca recebeu manutenção do Governo do Estado em anos anteriores”, afirmou o secretário. 

Já no Sudeste a discussão foi em torno da MT-140 durante a reunião realizada em Campo Verde. A rodovia reduz a distância em 250 km entre o município de Santa Rita do Trivelato, na região Centro, e Rondonópolis, Sudeste de Mato Grosso.

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