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01/06/16 às 21:41

OPERAÇÃO SODOMA - Juíza estipula fiança de R$ 528 mil e filho de Silval ganha liberdade

Médico não estava em Cuiabá quando apartamento de ex-secretário foi arrrombado

Carlos Dorileo - Folha Max

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, revogou no final da tarde desta terça-feira a prisão preventiva do médico e empresário Rodrigo da Cunha Barbosa. Ele estava detido desde o dia 25 de abril em decorrência da "Operação Sodoma", onde foi acusado de tentar ocultar provas e também de receber propina no valor de R$ 435 mil referente ao suposto esquema de desvios na gestão do pai e ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), que permanece preso desde setembro do ano passado também no Centro de Custódia de Cuiabá.

No pedido de soltura, os advogados de Rodrigo Barbosa argumentaram que a acusação do ex-secretário de Administração, Pedro Elias Domingos, de que o médico havia invadido um apartamento no edifício Rio Sena para destruir documentos não seria verdadeira. Na data da suposta invasão do imóvel, dia 06 de abril deste ano, Rodrigo comprovou que estava em viagem, "o que afastaria preliminarmente a hipótese dele ter sido autor de tal façanha".

No entanto, em sua decisão, a magistrada explica que não decretou a prisão preventiva apenas pela suposta invasão. "Levei em consideração, na ocasião, também a necessidade da garantia da ordem pública diante da periculosidade do acusado, eis que é apontado como um dos líderes da organização criminosa", explicou.

Selma Rosane Santos Arruda entendeu que a fiança de R$ 528 mil, correspondente a 600 salários mínimos de R$ 880, "pode garantir ao menos eventual reparação do dano csusado ao erário caso ao final Rodrigo seja condenado". Ela também destaca que o médico não tem antecedentes criminais.

Diante disto, ela impôs seis medidas cautelares. Ele terá que comparecer mensalmente ao juízo; proibição de acesso as repartições públicas; proibição de manter contato com outros acusados e testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual; proibição de se ausentar de Mato Grosso sem autorização judicial; recolhimento do passaporte em 24 horas e uso de tornozeleira eletrônica.

Após o pagamento da fiança, que ficará numa Conta Única do Tribunal de Justiça, será expedido o alvará de soltura. No dia 06 de junho, às 13h00, será realizada uma audiência admoestação e colocação da tornozeleira eletrônica.

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