A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) emitiu comunicado oficial nesta quinta-feira (25) para repudiar a fala do deputado federal Padre João (PT-MG), que afirmou durante sessão da CPI do MST que o “agro não produz arroz” (veja o vídeo abaixo). Dados nacionais apontam que quase 10 milhões de toneladas foram produzidas apenas na safra 22/23, 75% dos quais em terras gaúchas.
A Federarroz repudiou e refutou a manifestação do petista, “na medida em que absolutamente desprovida de qualquer suporte na realidade dos fatos, já que a população brasileira somente pode consumir arroz diariamente em razão do trabalho dos produtores do agro do país”, disse o presidente Alexandre Azevedo Velho na nota publicada no site do jornalista Felipe Vieira.
Sem citar o nome do deputado Padre João (PT-MG), que virou motivo de piada nas redes sociais e na Câmara, a federação dos arrozeiros lembra que os produtores rurais produzem “riquezas, empregos, tributos ao Estado, contribuindo, inclusive, para que o país possa prover programas assistenciais às camadas mais vulneráveis econômica e socialmente da população brasileira”. (Leia a nota da Federarroz na íntegra abaixo do vídeo).
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NOTA PÚBLICA SOBRE PRODUÇÃO DE ARROZ
A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul – FEDERARROZ vem a público, tendo em vista declaração de um Deputado Federal em audiência realizada no âmbito do Parlamento Nacional, no sentido de que o “agro não produz arroz”, repudiar e refutar a referida manifestação, na medida em que absolutamente desprovida de qualquer suporte na realidade dos fatos, já que a população brasileira somente pode consumir arroz diariamente em razão do trabalho dos produtores do AGRO do país.
Assim, importante destacar que, das quase dez milhões de toneladas de arroz produzida pelo AGRO BRASILEIRO na Safra 2022/2023, o Estado do Rio Grande do Sul foi responsável por mais de 75% (setenta e cinco por cento) desta produção, tendo plantado aproximadamente 839.000 (oitocentos e trinta e nove mil) hectares, por pequenos, médios e grandes produtores, sendo que, apenas e tão-somente, cerca de 5.000 (cinco mil hectares) foi de arroz orgânico.
Vale ressaltar, ainda, que a lavoura de arroz convencional do Rio Grande do Sul é a principal matriz econômica da Região Sul do Estado, sendo responsável por cerca de 15 empregos a cada 1.000 hectares plantados, tendo fundamental, portanto, pertinência social para as regiões produtoras e para o Estado. A análise dos números acima nos permite afirmar que a segurança alimentar do país é, de fato, garantida pelos produtores de arroz convencional do Estado, de modo que a declaração do Congressista se revela dotada de desrespeito e “desinformação” incondizente com a de um Parlamentar.
Ademais, os produtores rurais gaúchos elevam o país ao patamar de maior produtor de arroz do Mundo fora do continente asiático, sendo gerador de riquezas, empregos, tributos ao Estado, contribuindo, inclusive, para que o país possa prover programas assistenciais às camadas mais vulneráveis econômica e socialmente da população brasileira.
A par destes desserviços os produtores (as) do Estado seguirão cumprindo sua missão, contribuindo com a efetiva construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária, desenvolvendo o Estado e mitigando as desigualdades sociais.
Porto Alegre/RS, 25 de maio de 2023
Alexandre Azevedo Velho
Presidente da Federarroz