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30/03/22 às 15:06 / Atualizada: 30/03/22 às 16:05

PF desarticula esquema de fraudes na aquisição de imóveis rurais da União destinados à reforma agrária em Confresa

Há também fraudes na aquisição de imóveis urbanos destinados à regularização fundiária urbana. O prejuízo causado em razão das supostas fraudes pode superar o montante de R$ 15 milhões.

PF desarticula esquema de fraudes na aquisição de imóveis rurais da União destinados à reforma agrária em Confresa

Foto: Reprodução/PF-MT

BARRA DO GARÇAS/MT - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30/3), com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), a Operação Usurpare que visa desarticular um esquema criminoso de fraudes na aquisição de imóveis rurais da União destinados à reforma agrária e de fraudes na aquisição de imóveis urbanos no Município de Confresa/MT destinados à regularização fundiária urbana.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, seis medidas judiciais de sequestro de bens e duas ordens judiciais de afastamento de cargos públicos nas cidades de Cuiabá/MT, Confresa/MT e Cáceres/MT. Mais de 30 policiais federais além de auditores da CGU participaram da ação.



As investigações tiveram início no ano 2021, com a análise do material que foi apreendido na Operação Tapiraguaia. Descobriu-se fortuitamente que determinado agente político da região de Confresa/MT teria adquirido do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no ano de 2018, um imóvel destinado à reforma agrária pelo montante de mais de R$ 24 mil, parcelado em 17 vezes sem juros. Após dois meses, esse mesmo político teria vendido o mesmo imóvel a uma imobiliária pelo valor de mais de R$ 8 milhões. Nesse contexto, chamou bastante atenção o lucro astronômico de aproximadamente 35.000%.

Suspeita-se que mais de 200 lotes que foram doados pela União ao Município de Confresa/MT, para fins de regularização fundiária urbana, a maioria destinada a pessoas de baixa renda, tenham sido alienados pelo preço de 5% do valor venal, pelo mesmo político da região, diretamente a uma empresa de titularidade da sua companheira e aos seus familiares. Estima-se que o prejuízo causado em razão das supostas fraudes supere o montante de R$ 15 milhões.

Dois servidores do INCRA são suspeitos de terem colaborado com a operacionalização do ilícito.

Se condenados, os investigados poderão ser sentenciados à pena de prisão de até 32 anos, consideradas as penas máximas dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A palavra em latim Usurpare remete à ideia de se apossar de algo sem ter direito.


 
Fonte e fotos: Assessoria/Polícia Federal em MT

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