Membros do Programa REM MT, da assessoria técnica Gopa e coordenadores da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt) se reuniram entre terça (17) e quarta-feira (18), na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), com objetivo de alinhar as ações dos projetos desenvolvidos entre o órgão indígena e o REM MT.
A reunião foi um pedido do presidente da Fepoimt, Crisantô Rudzö, do povo Xavante. Ele disse que o encontro presencial foi crucial para os indígenas tirarem suas dúvidas: “Para nós, a oralidade é muito forte. É a palavra que vale. Não a escrita”, destacou a liderança.
A reunião seguiu todos os protocolos sanitários de distanciamento da Covid-19, além de contar com número reduzido de participantes. No encontro, os atores realinharam projetos como: o fortalecimento da Fepoimt enquanto instituição representante dos povos indígenas no estado e a administração dos recursos entre as entidades, a depender da ação executada.
“Realinhamos o entendimento das responsabilidades, dos papéis e dos recursos para cada um, com objetivo de potencializar as ações”, ressaltou Paula Vanucci, Profissional Sênior em Assuntos Indígenas, do Subprograma Territórios Indígenas (TI) do REM MT.
Entre as ações concretas, ficou definida a data da próxima reunião de Governança entre o REM e a Fepoimt. O encontro será fundamental para definir o edital que prevê o lançamento das chamadas de projetos do Subprograma TI. Tais ações irão contribuir para segurança alimentar e a proteção dos territórios indígenas em todo estado.
Já os membros da GOPA, durante a reunião, atuaram no sentido de assessorar o realinhamento das ações dos projetos, orientar na definição de um cronograma para a execução das atividades, bem como na tomada de decisões por parte do Programa REM e da Fepoimt.
Atualmente, o REM MT desenvolve um projeto macro com a Fepoimt que prevê os eixos estratégicos: saúde dos povos indígenas no contexto da pandemia; segurança alimentar das comunidades; comunicação; e o fortalecimento institucional e autonomia do órgão indígena. Essas ações já beneficiaram 50 mil indígenas, de 43 povos diferentes, em todo território de Mato Grosso.
O REM, por meio do Subprograma TI, busca parceria com os povos indígenas por entender que seus territórios são fundamentais para a conservação das florestas de Mato Grosso, em especial o bioma amazônico. A floresta de pé significa menos emissões de CO2 no planeta, um dos principais objetivos do REM MT.
O Programa REM MT (do inglês, REDD para Pioneiros) é uma premiação ao Estado do Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos.
A cooperação internacional dos governos do Reino Unido e da Alemanha doam recursos por meio do BEIS e do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) para o Programa que aplica em ações de conservação da floresta a fim de reduzir emissões de CO2 no planeta.
Para isso, beneficia diretamente iniciativas que contribuem para reduzir o desmatamento, estimular a agricultura de baixo carbono e apoiar povos indígenas e comunidades tradicionais.
É coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e gerenciado financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).