Após registrar diminuição no ritmo de comercialização e faturamento de imóveis no final do primeiro trimestre de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, a pesquisa do trimestre seguinte, realizado pelo Sindicato da Habitação de Mato Groso (Secovi-MT), se manteve estável, com 1.997 imóveis comercializados e R$ 650.264 milhões em faturamento no período.
O número de imóveis comercializados é 6,5% maior na comparação com o trimestre anterior, mas apresentou retração de 6,6% sobre o mesmo trimestre de 2019. Em relação aos valores transacionados, o montante atual é 0,7% inferior sobre o primeiro trimestre de 2020 e 1,34% superior se comparado com o segundo trimestre do ano passado.
Para o presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, foram as ações macro econômicas que contribuíram para a retomada das atividades no setor imobiliário, com a taxa de juros Selic abaixo dos 3%, o que reflete diretamente na composição dos juros praticados pelas instituições financeiras, fazendo assim com que o custo do dinheiro se torne cada vez mais acessível e atraente para o mercado consumidor.
“A baixa dos juros praticados no mercado influencia e impulsiona diretamente o setor produtivo da habitação, pois tantos os consumidores aproveitam esse bom momento para tomar sua decisão de compra e aquisição do imóvel, como também os investidores desse segmento que enxergam uma grande oportunidade nesse momento para realização de negócios”, disse o presidente do Secovi-MT.
Pessoz conclui que o segmento tem contribuído com toda a economia, pois ajuda a impulsionar os demais segmentos e, consequentemente, toda a cadeia produtiva. “Quando um imóvel é comercializado, toda uma engrenagem econômica se movimenta, pois o dinheiro dessa comercialização começa a girar tanto no setor público por meio do recolhimento de taxas, como nos setores privados. Como exemplo nos segmentos de varejo, como móveis e eletrodomésticos, também no de serviços quando falamos de instalações e pequenas reformas, o que já movimenta economicamente o setor das lojas de materiais para construção, e assim por diante, o que aquece a economia e principalmente mantem empregos”.
Novos, usados e por região
A comercialização dos imóveis na capital foram, na maioria, de usados, com 1.685 e apenas 312 novos. No ano passado, também no mesmo período, o número de novos imóveis comercializados foi de apenas 145 unidades, contra 1.993 unidades usadas.
Dentre as regiões da capital, a que apresentou maior transação de unidades no segundo trimestre foi a região Leste (727), seguida da Oeste (589), Norte (380) e, por último, a Sul (278). A zona rural comercializou 23 unidades no período.
O estudo de evolução do mercado imobiliário conta com o apoio da Fecomercio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do Município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.
Tenha acesso a pesquisa, no site da Fecomércio-MT.