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29/03/19 às 09:52

Lucro da Energisa MT salta 8.795%

Silvana Bazani, Gazeta via O Bom da Notícia

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Lucro da Energisa MT salta 8.795%

Foto: Divulgação Assessoria

Lucro líquido da Energisa Mato Grosso (EMT) cresce 8.795% e alcança R$ 427 milhões em 2018. A cifra supera com folga os R$ 4,8 milhões contabilizados no ano anterior. A empresa atua na distribuição de energia elétrica e atende 1,403 milhão de unidades consumidoras no Estado, que tem a população estimada em 3,2 milhões de pessoas em 141 municípios.
 
A EMT é uma das 11 distribuidoras do grupo Energisa, que registrou lucro líquido de R$ 1,179 bilhão em 2018, 106% acima de 2017. No próximo dia 8, quando será celebrado o tricentenário de Cuiabá, entrará em vigor nova tarifa de energia elétrica para os mato-grossenses.
 
“A empresa atua na distribuição de energia elétrica e atende 1,403 milhão de unidades consumidoras no Estado”.
 
Em 2018, a Revisão Tarifária Periódica homologada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevou o custo da energia elétrica em 11,53%, em média, para os consumidores locais, em relação à praticada no ano anterior. Para este ano é esperado reajuste em torno de 10% na conta de luz, segundo especialistas do mercado. O percentual pleiteado não foi informado pela EMT nem pela Aneel. De acordo com o relatório de resultados da EMT, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 78,7% na comparação com 2017 e alcançou R$ 920,8 milhões no último ano. 
 
Já o Ebitda ajustado (com acréscimos moratórios de contas de energia) evoluiu 72,8% de um ano para o outro, ao saltar de R$ 580,3 milhões para R$ 1,002 bilhão. “Esse desempenho decorre, principalmente, do aumento de R$ 477,7 milhões na parcela B dessa distribuidora, resultante dos reajustes/revisões tarifárias e do crescimento do mercado”, justifica a empresa no relatório financeiro. 
 
O resumo do desempenho econômico da empresa mostra, ainda, que a receita operacional líquida alcançou variação anual positiva de 13,6% e encerrou 2018 em R$ 4,373 bilhões. A empresa informa que investiu R$ 700,2 milhões na ampliação da capacidade do sistema elétrico e melhoria da qualidade do fornecimento de energia em Mato Grosso. 
 
Destaca investimentos na construção de linhas com 82 km e 138 kV que interliga a subestação de Salto Paraíso - Paranaíta, entre Casca III e Barro Duro (54 km e 138 kV), entre Coxipó e Barro Duro (9 km), entre Nova Xavantina e Água Boa (75 km) e entre Canarana e Água Boa (64 km). Em 2018, a Aneel também homologou recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) repassados à EMT referentes a subsídios tarifários concedidos a consumidores de baixa renda e usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica no montante de R$ 327,1 milhões, ante R$ 281,1 milhões em 2017. 
 
Para o Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso (Concel/MT) há desequilíbrio entre a qualidade dos serviços de distribuição e o custo de energia. “A DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) em 2018 no Brasil foi de 12,85 horas, em média, enquanto em Mato Grosso chegou a 20,84 horas”, pontua o conselheiro do Concel, Teomar Magri. Para ele, os reajustes da tarifa de energia sobrepõem em muito a eficiência no serviço de distribuição. 
 
Por isso, o conselheiro defende mudanças no modelo tarifário. “O consumidor já não aguenta pagar essa conta”. Inadimplência Em 2018, a taxa de inadimplência apurada pela EMT foi de 0,86%, sendo 0,56 p.p. menor que a registrada em 2017. Segundo a concessionária, a melhoria é explicada pela reversão no 2º trimestre de 2018 referente à dívida com a empresa de água e esgoto. 
 
A distribuidora de energia também tem aplicado inteligência artificial para avaliação de risco de crédito a cada unidade consumidora.

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