Que a música brasileira forma um enorme e rico patrimônio histórico e cultural, não se discute. Agora, já imaginou expandir a fronteira desse oásis tupiniquim e, ao mesmo tempo, prestigiar outro legado musical – o norte-americano? É com esta proposta que Raphael Koury irá representar o país no evento “Open Hearts 2019”, que ocorre neste domingo (3.02), em Seattle, nos Estados Unidos.
Goiano de coração mato-grossense, o artista compõe o lineup do projeto ao lado de oito talentosos músicos e leva consigo influências que vão da MPB ao pop rock. Com ingressos quase esgotados, o evento – que preza pelo intercâmbio cultural por meio da música – tem como proposta unir artistas e canções de ambas nacionalidades para criar algo único: uma ponte de luz, paz e amor.
“Estamos todos bem empolgados. Na apresentação, uma banda de Seattle irá me acompanhar. Eles estudaram pesado meu repertório – que começa com ‘Boa Noite’ de Djavan, passa por músicas de Tom Jobim, Zeca Baleiro e Tim Maia, assim como por canções internacionais de John Mayer, Jason Mraz e Ed Sheeran. É uma grande mistura. Aliás, o objetivo do projeto é exatamente esse: proporcionar a troca de ideias, influências e incentivar o trabalho em grupo”, explica Raphael.
CARREIRA E DESAFIOS – Com quinze anos de estrada, o músico – que também atua como engenheiro civil – tem o feito a comemorar. “Apenas outro brasileiro integra o projeto e são basicamente dois cantores: eu e uma americana. Além disso, será um grande desafio: a banda que estará comigo deve tocar faixas autorais. Ensaiamos durante os finais de semana e o resultado está bem legal”, conta Raphael, que está atualmente em Vancouver para estudar.
Em seu alicerce, uma trajetória que segue com o universo musical desde a infância – quando se apaixonou pelas canções e aprendeu a tocar violão aos seis anos de idade –, flerta com a formação de bandas e a abertura de shows nacionais – como da cantora Ana Carolina e do grupo Biquini Cavadão –, até o respaldo de parcerias singulares como o projeto Pop Lounge com a Cia. Sinfônica e as apresentações ao lado da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E é com o olhar no futuro que o artista segue escrevendo sua história.
“Serão 45 dias em Vancouver. Quero aproveitar para compor algumas coisas novas. Quem sabe, fazer outros shows – que devem surgir com os músicos do ‘Open Hearts’. Estou bem empolgado em relação ao ano de 2019. Quero melhorar a produção do show que faço com a Cia. Sinfônica, que – nos últimos anos – tem me proporcionado várias apresentações em cidades do interior e de outros estados [região norte, nordeste e sudeste], assim como investir no show de PopRock. Inclusive, já fica o convite: estaremos no Malcom Pub no dia 15 de março. Também pretendo continuar firme com as parcerias, gravar alguns materiais em estúdio e trilhar a agenda de shows – que está legal. Tem apresentação marcada até para maio do ano que vem”, finaliza.