Notícias / Policial

02/10/17 às 14:55

Florianópolis - Investigado, reitor da UFSC é encontrado morto em shopping

Luis Carlos Cancellier Olivo teria se jogado de um vão central do Beiramar Shopping na manhã desta segunda-feira; ele havia sido preso no dia 14 de setembro

Veja

Edição AguaBoaNews, Clodoeste 'Kassu'

Imprimir Enviar para um amigo
Florianópolis - Investigado, reitor da UFSC é encontrado morto em shopping

O reitor da UFSC Luis Carlos Cancellier Olivo

Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC/Reprodução

O reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luis Carlos Cancellier Olivo, 60 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira, no Beiramar Shopping, em Florianópolis, após provavelmente ter se jogado de um vão central do estabelecimento. Segundo o blog do Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, ele teria se atirado logo após a abertura do shopping, às 10h. Ele foi identificado por meio da carteira de habilitação encontrada em seu bolso.

O reitor, junto com outros professores e funcionários da UFSC, foi preso pela Polícia Federal na manhã do dia 14 de setembro em meio às investigações da Operação Ouvidos Moucos, que apura um esquema de corrupção que teria desviado bolsas e verbas no valor total de 80 milhões de reais nos recursos para cursos de educação à distância (EaD) do Programa Universidade Aberta (UAB).

“Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a universidade”, informou à época a PF em nota. Ainda de acordo com a polícia, os integrantes da alta gestão da instituição teriam exercido pressão sobre integrantes da Corregedoria da universidade que realizavam internamente a apuração administrativa – foi isso que teria levado à decretação da prisão do reitor.

O programa UAB foi instituído em 2006 pelo governo federal com o objetivo de capacitar prioritariamente professores da rede pública de ensino em regiões afastadas e carentes do interior do país. Os indícios apontam que professores, especialmente docentes do Departamento de Administração (um dos que recebe a maior parcela dos recursos destinados ao EaD da UFSC), funcionários das instituições e fundações parceiras e empresários ligados às fraudes atuaram em conjunto para desviar valores repassados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) à UFSC.

Segundo a PF, em alguns casos, bolsas de tutoria foram concedidas até mesmo a pessoas sem qualquer vínculo com as atividades de magistério superior em EaD, inclusive parentes de professores que integravam o programa. Também foram identificados casos de direcionamento de licitação com o emprego de empresas de fachada na produção de falsas cotações de preços de serviços, principalmente para a locação de veículos.

“Num dos casos mais graves e mais bem documentados pelos investigadores, professores foram coagidos a repassar metade dos valores das bolsas recebidas para professores envolvidos com as fraudes”, afirma a PF. Os alvos da operação são investigados pelos crimes de fraude em licitação, peculato, falsidade documental, estelionato, inserção de dados falsos em sistemas e organização criminosa.

comentar  Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Agua Boa News. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Agua Boa News poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
 
 
Sitevip Internet