Vereador mata agente socioeducativo a tiros na região central de Cuiabá
O vereador Marcos Paccola (Republicanos), que é tenente-coronel da Polícia Militar, matou um homem a tiros na noite desta sexta-feira, por volta das 20 horas, em uma rua atrás do restaurante Choppão, em Cuiabá.
A assessoria do parlamentar confirmou a informação por meio de uma nota.
O homem seria o agente do sistema socioeducativo, Alexandre Myagawa, de 41 anos, e teria ameaçado uma mulher durante uma discussão.
Ao passar pelo local, segundo informações preliminares, Paccola teria visto a confusão e dado ordem para o homem largar a arma.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, mostrando a imagem do homem morto, uma mulher identifica o homem como "Japão".
"Ele chegou no local e o cara estava apontando uma arma para a mulher. Ele deu voz para o cara soltar ela, mas ele reagiu e atirou. Ele atirou de volta e o cara morreu. A mulher está bem", diz a nota da assessoria.
Conforme a assessoria, o vereador está na delegacia, mas vai se pronunciar nas próximas horas.
Atualização - Mulher que estava com agente prisional morto por Paccola nega versão do vereador de que era agredida
A mulher que fazia companha a Alexandre “Japão” Miyagawa, morto ontem à noite (1) pelo tenente PM, que é vereador, Marcos Paccola, negou versão dada pelo parlamentar em nota e acusou a ”mídia” de estar entrando nessa mentira. O caso está sendo investigado pela DHPP.
O vereador matou com um tiro o agente carcerário sob a alegação de que ele a agredia. A mulher é Janaína Sá, disse que apenas foi acompanhada de longe pela vítima quando foi ao banheiro. Antes de entrar, ela ouviu o disparo e viu o agente já caído ao chão, morto.
Nesse vídeo, ela nega que tenha havido agressões da parte da vítima do tiro, e o vereador simplesmente atirou. Ela conta na postagem que Japão não puxou arma e que estava apenas com o celular na mão.
O outro lado
O vereador Paccola afirmou, em nota à imprensa, sustenta que precisou atirar porque Alexandre Miyagawa representava perigo a terceiros naquele momento. A nota da assessoria esclarece que Paccola não estava no recinto, e passava pelo local, quando viu a suposta cena de ameaça.