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18/05/22 às 10:44 | Atualizada: 18/05/22 às 10:56

Rui Prado diz que deputado federal tem que ter visão ampliada

Mandato de deputado federal para ser bem exercido exige visão ampliada. Esse é o entendimento de Rui Prado, pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSD. Essa visão – avalia – tem que ir além dos projetos de construção do governo federal e de seus programas sociais, e sempre que possível antecipar-se a eles. Rui Prado faz essa afirmação para exemplificar a melhor forma de atuação no tocante aos três trechos ferroviários em obra ou projetados entre a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO) e Água Boa, de Sinop a Miritituba (PA) e de Rondonópolis a Cuiabá-Lucas do Rio Verde.

Ao site Rui Prado detalhou sobre a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) entre Mara Rosa e Água Boa. Segundo ele essa obra é irreversível e precisará de ações complementares tanto em seu ponto mais ao norte, em Água Boa, quanto nos municípios de Cocalinho e Nova Nazaré em seu eixo de influência. O pré-candidato cita a necessidade da urgente criação de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia em Água Boa, que ofereça cursos para capacitação de mão de obra ferroviária. Ex-presidente do Senar/MT, Rui Prado tem longa experiência na qualificação profissional e sabe o quanto ela é importante no competitivo mercado de trabalho. “No Senar/MT em parceria com os sindicatos rurais de Água Boa, Cocalinho, Canarana, Ribeirão Cascalheira, Nova Xavantina, Campinápolis e de outros municípios no entorno do futuro eixo de influência da Fico ministramos cursos em várias áreas, que foram e continuam sendo úteis a milhares de moradores da região”, revela.

Sobre as ferrovias Ferrogrão e Senador Vicente Vuolo, a primeira planejada para a ligação do Nortão com Miritituba, e a outra, da Rumo Logística, com dois trechos ligando Rondonópolis e Cuiabá, e a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, Rui Prado citou que participou de muitas reuniões para discuti-las, e que na presidência da Famato cobrou o avanço dos trilhos de Rondonópolis para Cuiabá e o Nortão, e que integrou grupos de estudos sobre a Ferrogrão.

Espero que a Câmara prepare Água Boa para o trem. “Essa preparação tem que ser compartilhada com o governo estadual, aonde creio estará por mais quatro anos o governador Mauro Mendes, ao qual apoio, e pela prefeitura, que é o ente federado com maior poder administrativo no município”. Questionado sobre o que seria, na prática, essa preparação, Rui Prado citou que Água Boa registra bom índice de crescimento, mas que, “em razão da ferrovia acontecerá uma explosão populacional, e que o município terá que ampliar sua oferta de água, educação, creche, limpeza urbana, além da necessidade da construção de novos conjuntos residenciais pelo programa de habitação federal em parceria com a prefeitura”.

Em razão do trem haverá impulso desenvolvimentista em todos os municípios da região de Água Boa, que necessitarão de obras estruturantes e de programas sociais. “Toda construção que cause impacto ambiental, como é o caso de ferrovia, tem que fazer compensação aos municípios onde a mesma é realizada. Em assim sendo será preciso se antecipar aos trilhos e articular com a mineradora Vale, responsável pela obra da Fico, pela imediata execução de sua compensação a Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa; essa compensação pode ser por meio de parques municipais, centros de lazer, hospitais, saneamento ou em outras áreas. É importante se antecipar e essa deve ser a maneira do parlamentar federal atuar”, argumenta.

Rui Prado destaca que atuou em todos os municípios mato-grossenses pelo Sistema Famato e que conhece a realidade em todos os rincões. “Há mais de duas décadas mantenho um permanente canal de comunicação com produtores rurais e lideranças do sindicalismo rural. Acompanho a inquietação de proprietários pela falta de garantias jurídicas e diante da proposta apresentada para a elaboração do Zoneamento Socioeconômico Ecológico. Mesmo sabendo que se trata de um tema afeto ao governo estadual entendo que a bancada federal precisa maior presença nos debates, pela força que ela tem e por ser legitima representante da população mato-grossense”.

A sua pré-candidatura representa somente o agronegócio? Rui Prado diz que “não”. Ele se define enquanto participante do agro por ser produtor rural, veterinário e por sua presença em entidades daquele setor, mas coloca sua pretensão eleitoral a serviço de Mato Grosso como um todo. “Quem mais movimenta a economia são os setores do comércio, prestação de serviços e a construção civil, que em sua maioria funcionam nas cidades e vilas. Quero representá-los tanto quanto ao agro e os vejo entrelaçados; basta observarmos nas fachadas das lojas para vermos que há muitas portas abertas atendendo os consumidores da zona rural”.
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