Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a soltura de 10 araras-canindé e duas vermelhas no Parque Estadual de Terra Ronca, em Goiás. As aves passaram por um período de reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/DF) e, após recuperadas, foram reintroduzidas à vida livre. Além disso, papagaios, periquitões, macaco prego, saguis e quatis também foram soltos durante a ação.
O processo de reabilitação envolve reeducação alimentar, treinos de habilidade de voo, tratamento de asas e treinamento sobre os costumes das espécies, a fim de torná-las aptas à vida livre. Esse processo é importante para o retorno das atividades naturais da espécie, necessárias para a sobrevivência. A maioria das aves são oriundas de apreensões e entregas voluntárias.
Nem todos os animais recebidos nos Cetas têm condições de voltar à natureza. Mutilações, idade avançada e alto grau de domesticação são fatores que dificultam esse retorno. Alguns são destinados a criadouros, mantenedouros e projetos de conservação de espécies. A escolha da destinação mais adequada só acontece após avaliação clínica, física e comportamental.
O Parque Estadual de Terra Ronca foi escolhido como local de soltura por apresentar características semelhantes com as espécies e por recepcionar araras que conseguem concluir o ciclo de vida. “Esse trabalho tem que ser muito bem planejado. A ação foi uma proposta que deu certo e foi muito importante para todos nós”, conclui a analista ambiental, Marília Gama. O Ibama também conta com apoio da Universidade de Brasília (UnB) e do Hospital da Faculdade Anclivepa.
