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09/01/22 às 13:27

Nuvem de gafanhotos chega a Mato Grosso

A nuvem de insetos já devastou o pomar da propriedade do agricultor Almiro Franco, 83 anos, e avançava para o milharal da vizinhança. Uma infestação de gafanhotos vem causando transtornos e prejuízos aos produtores de Poxoréu ( cerca de 251 de km Cuiabá).

Devido à dificuldades para conter a devastação causadas pelos insetos, técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) foram à região.

O técnico da Empaer, Fernando Thiago explica que foram recomendadas para o produtor duas opções: o controle químico ou os inseticidas biológicos.

“Uma aplicação aérea com controle químico afetaria as áreas vizinhas por estarem próximas das casas do distrito. Tem ainda a opção do uso do jato dirigido com bombas motorizadas atingindo a parte mais baixa e que diminui a incidência com a aplicação dos inseticidas biológicos à base de beauveria bassiana e metarhizium anisopliae. Nesse caso, o processo é mais lento por ser biológico e não atingir os insetos mais desenvolvidos”.

Segundo Fernando, a equipe está empenhada em ajudar o produtor na melhor maneira para controlar a praga.

“Já percebemos que os insetos estão seguindo para as propriedades vizinhas e a incidência será maior assim que perceberem o fim da vegetação e buscando mais alimento”.

O secretário de Desenvolvimento, Agricultura e Meio Ambiente, José Nilton Pereira dos Santos, disse que é a primeira vez que a cidade registrou uma infestação de gafanhotos.

“Logo que recebemos a informação, fomos à propriedade e confirmamos o ocorrido. Já entramos em contato também com uma equipe do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) para auxiliar em orientações. Percebemos que a nuvem segue para as propriedades vizinhas do senhor Almiro”.

O produtor Almiro Franco conta que ficou desesperado e sem saber o que fazer.

“Eles já comeram toda folhagem das mangueiras, goiabeiras e dos cajueiros. É desolador ver 15 anos de trabalho e dedicação desaparecer em horas. Agora começaram na lavoura do milho. Aqui, é a primeira vez que isso acontece”.
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