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31/12/21 às 10:48 | Atualizada: 31/12/21 às 11:33

Em visita ao RS, defensora pública de MT compartilha experiências para trazer modelo de gestão profissional de resíduos sólidos

Em visita a cooperativas de materiais recicláveis nos municípios de Viamão, na última quarta-feira (15), e Santa Cruz do Sul, na quinta-feira (16/12), no Rio Grande do Sul, a defensora pública de Mato Grosso, Carolina Weitkiewic, coordenadora do Grupo de Atuação Estratégica em Direitos Coletivos (Gaedic) na defesa dos Catadores de Materiais Recicláveis, compartilhou experiências com o intuito de implementar uma gestão mais profissional dos materiais recicláveis pelos catadores mato-grossenses.

“O objetivo dessas visitas foi angariar experiência e ver o modelo de gestão e apoio da Prefeitura aos catadores, bem como ver como cooperativas que já estão trabalhando há mais tempo, com contrato da Prefeitura, administrando centrais de triagem, em cidades onde já há implementação do aterro sanitário, como funciona essa gestão dos materiais recicláveis pelos catadores”, afirmou a defensora.



As visitas às instituições de catadores no interior gaúcho também contaram com a participação de Alexandro Cardoso, catador de materiais recicláveis e coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, e da defensora pública do Rio Grande do Sul, Juliana Coelho de Lavigne.

“Quero ressaltar a importância da visita da colega de Mato Grosso à Defensoria do Rio Grande do Sul, compartilhando a experiência que ela possui na atuação junto aos catadores e às catadoras aí do estado. É de suma importância essa troca de conhecimento para se avançar no projeto que já é desenvolvido no Mato Grosso aqui também no Rio Grande do Sul”, destacou Juliana.

As duas cooperativas de catadores de recicláveis visitadas são referência no estado. Viamão, por exemplo, conta com um ecoponto na cidade. Já a visita a Santa Cruz do Sul contou também com uma reunião com o secretário municipal do Meio Ambiente.

“Participamos dessa audiência em que foi de extrema valia a participação da colega de Mato Grosso porque pôde contribuir muito na reunião com esclarecimentos ao secretário sobre a importância da Política Nacional de Resíduo Sólidos, a importância de priorizar as catadoras e catadores que existem no município, quando estão organizados, na hora de implementar políticas de resíduo na cidade”, relatou a defensora gaúcha.



Weitkiewic explicou que a cooperativa de Viamão mantém um contrato com a Prefeitura no valor de R$ 180 mil, realizando toda a gestão de recicláveis no município.

“Possui uma sede, um terreno e um galpão disponibilizados pela Prefeitura. Uma construção realizada para a reciclagem trabalhar lá. Os maquinários, toda a estrutura do galpão foi organizada para a reciclagem funcionar. Em razão disso, essa cooperativa consegue ter uma dinâmica de trabalho e uma efetividade extremamente boa por aproveitar melhor o espaço e por ter uma logística, de onde entra o material, de onde sai, onde os caminhões encostam, toda elaborada para essa finalidade. É um grande exemplo para levarmos para Mato Grosso”, detalhou.

Segundo Cardoso, a Instituição vem ganhando cada vez mais destaque no apoio aos catadores de recicláveis. “Estas visitas reforçaram a importância da Defensoria Pública como agente garantidor de Justiça, contribuindo nas discussões em torno dos direitos das catadoras e catadores, seja pela liberdade ao trabalho, pela contratação e prestação de serviços ou pelo apoio que vai desde a defesa do direito à alimentação adequada até a valorização da categoria”, ressaltou.



As experiências trocadas pelas Defensorias Públicas, bem como pelos catadores de diferentes cooperativas, serão importantes para levar mais experiência à atuação na gestão de materiais recicláveis em Mato Grosso.

“O estado está passando por essa fase de encerramento do Lixão com implantação do aterro sanitário, como é o caso de Várzea Grande, que já está em processo bem adiantado para o licenciamento de um aterro sanitário privado e do encerramento do Lixão. E também de Cuiabá, que também está com esse processo sendo implementado com prazo de dois anos para o encerramento do Lixão”, revelou Carolina.

Após o término das visitas, no dia 16, a defensora pública de Mato Grosso foi recebida na sede administrativa da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPRS), em Porto Alegre, pela chefe de gabinete da Administração Superior e defensora pública, Regina Célia Rizzon.
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