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09/09/21 às 09:39

Bolsonaro apela a caminhoneiros para que não parem o país

Em um áudio gravado no final da noite desta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro amenizou o discurso e fez um apelo aos caminhoneiros para que não parem o país.

Após as falas do presidente do 7 de Setembro, rodovias próximas a Brasília e de outros 16 estados foram interrompidas pela categoria, o que gera risco de desabastecimento.

“Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia e isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo e, em especial aí, os mais pobres. Então, dá um toque aí nos caras, se for possível, e vamos liberar, tá ok? Para a gente seguir com a normalidade. Deixa com a gente em Brasília agora. Não é fácil negociar, conversar, por aqui com outras autoridades, mas a gente vai fazer a nossa parte e buscar uma solução, tá ok? E em meu nome dar um abraço a todos os caminhoneiros aí”, disse Bolsonaro em áudio.

Após a divulgação do áudio com o apelo de Bolsonaro aos caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, divulgou um vídeo, às 22h30, atestando a veracidade do áudio. Ele disse que há questionamentos entre caminhoneiros se o áudio é real e se é uma gravação atual.
 
“Esse áudio é real, é de hoje e mostra a preocupação do presidente com a paralisação dos caminhoneiros. Essa paralisação iria agravar efeitos na economia, de inflação, que iria impactar os mais pobres, os mais vulneráveis. Nós já temos um efeito hoje nos preços dos produtos em função da pandemia. A inflação hoje tem um componente internacional e uma paralisação vai trazer desabastecimento, vai acabar impactando os mais pobres e mais vulneráveis e prejudicando a população. A gente sabe que há uma preocupação de todos com a melhoria da situação do país, com a resolução de problemas graves. Mas a gente não pode tentar resolver um problema criando outro e prejudicando os mais vulneráveis. Daí a preocupação do presidente da República”, afirmou. O ministro conclui pedindo que os caminhoneiros confiem no diálogo.

Antes da gravação, o presidente já havia falado a apoiadores que faria o apelo aos caminhoneiros para que não parassem o país: “Isso não interessa a ninguém”.

Pronampe

O presidente também recebeu apoiadores na noite desta quarta-feira e defendeu o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Segundo ele, “nos dois primeiros meses sem Pronampe, foram perdidos 1,5 milhão de empregos”.

A fala ocorreu enquanto ele tirava fotos com um grupo de pessoas. “Imagina se eu tivesse decretado lockdown? Vieram falar comigo. Se, assim que decretar, o vírus for embora, eu topo”, lembrou.
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