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18/08/21 às 16:38

Aumentar o consumo per capita de peixes é uma das metas da campanha

De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a média mundial de consumo de pescado bateu recorde em 2020 ao atingir 20,5 per capita/ano. No Brasil, o consumo no ano passado ficou em 10 kg por pessoa, ainda abaixo dos 12 kg/pessoa/ano preconizados pela FAO como quantidade ideal do ponto de vista nutricional.

Incentivar e aumentar o consumo para chegar o mais próximo desse índice é uma das metas da campanha Semana do Pescado, que ocorre de 01 a 15 de setembro de 2021, envolvendo uma rede de parceiros: Aquamat (Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Asmat (Associação de Supermercados de Mato Grosso), Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Mercados, Armazéns, Mercearias, Empórios, Mercadinhos, Quitandas, Frutarias, Sacolões...) e Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Idealizada pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura, a campanha chega à sua 18ª edição agregando parceiros nacionais e regionais sempre com o intuito de crescer e se tornar cada vez mais abrangente e eficiente.

Renildo Soares de França, chefe de Divisão de Aquicultura e Pesca da Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso, do Mapa, ressalta que a Semana o Pescado é uma grande oportunidade para a toda a cadeia produtiva - desde o produtor, o frigorifico e o comerciante - demostrar a população o valor nutricional e os benefícios que o peixe traz a saúde humana. “O apoio institucional dos órgãos de governo, federal, estadual, municipal, incluindo as instituições de classe como as associações e federações na divulgação da Semana do Pescado demonstra o interesse de promover a introdução de uma alimentação saudável e o aumento do consumo do pescado que é importante para a segurança alimentar e nutricional promovendo a saúde no Estado de Mato Grosso”, reforça.

O pescado é um dos alimentos mais saudáveis do planeta, situando-se entre aqueles cuja obtenção e produção provocam menos impactam o meio ambiente. Após impacto negativo no consumo no início da pandemia da covid-19, o consumo interno de pescado durante o segundo semestre de 2020 vem registrando crescimento.

Além de aspectos ligados à saudabilidade, o brasileiro foi atraído pelo peixe também por conta do valor mais atraente quando comparado a outras proteínas animais. Nos últimos meses de 2020, todos os cortes de carne bovina tiveram alta nos preços. Em setembro foi de 3,90%; 3,01% em outubro; 5,03% em novembro e 1,91% em dezembro. Em janeiro deste ano o preço continuou subindo: a alta foi de 0,53%.

Já o pescado foi a proteína que menos subiu em 2020. Teve queda de valor em setembro (-0,13%) e outubro (-0,16%) e altas em novembro (+1,01%) e dezembro (+0,04%). Em janeiro deste ano, a redução no preço foi de 0,44%.

Outro motivo que explica o porquê de o brasileiro ter optado pelo peixe está na facilidade do preparo. A carne não exige mais habilidades na cozinha e durante a pandemia, muita gente precisou aprender a se virar em casa.

Produção crescente

Aumento de consumo de peixes no Brasil estimula a produção, que em 2020, cresceu 5,93%, atingindo 802,3 mil toneladas, segundo melhor desempenho desde 2014, de acordo com informações da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).

A produção de tilápia se destacou, ao crescer 12,5%, a 486,1 mil toneladas. Com isso, sua participação na produção total de peixes de cultivo passou de 57% em 2019, para 60,6% no ano passado. A previsão de produção para 2021 é crescer pelo menos 10%, passando de 880 mil toneladas.
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