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31/05/21 às 12:34

Gaeco Ambiental do MPMT contará com Grupo de Geoprocessamento

O Gaeco Ambiental, unidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado criada pela atual administração do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, contará com um Grupo de Geoprocessamento de imagens de satélite que possibilitará uma atuação mais efetiva no combate aos crimes ambientais no estado, principalmente aqueles praticados por organizações criminosas.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) durante mais uma reunião da Comissão de Apoio Institucional, criada pelo procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, para aproximar a gestão dos promotores, principalmente do interior, ouvir suas demandas e apresentar projetos e ações que buscam a melhoria da atuação da instituição no atendimento à sociedade. Desta feita, a reunião foi com o Polo 6, integrado pelas comarcas de Tangará da Serra, Diamantino, Nortelândia, Arenápolis, Campo Novo do Parecis, Barra do Bugres, São José do Rio Claro e Sapezal.

“Já tivemos um Grupo de Geoprocessamento no passado, mas foi desativado. O procurador-geral José Antônio, que tem um compromisso muito forte com a questão ambiental, recriou o grupo, agora dentro do Gaeco Ambiental, o que vai possibilitar uma atuação muito mais efetiva. A implantação do Gaeco Ambiental está avançando muito bem e em breve já iniciaremos nossas operações”, afirmou o procurador de Justiça Gerson Natalício Barbosa, que integra a unidade.

O procurador-geral destacou a importância da implantação da unidade de enfrentamento aos crimes contra o meio ambiente na atual conjuntura política do país. “Essa foi uma brilhante ideia do promotor Cláudio Angelo Correa Gonzaga à qual demos total apoio. E se torna ainda mais importante num momento em que o nosso presidente e o ministro do Meio Ambiente adotam a política da ‘porteira aberta” para aqueles que cometem crimes ambientais”, afirmou José Antônio Borges Pereira.

A delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, cedida pela Polícia Judiciária Civil do Estado, juntamente com uma equipe de policiais, para integrar o Gaeco Ambiental, disse ter ficado “impressionada” com a estrutura que está sendo montada pelo Ministério Público e o profissionalismo da equipe de profissionais. Também destacou a importância do apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar e antecipou as frentes de atuação que serão adotadas. “Teremos duas grandes frentes de atuação contra os crimes ambientais: água e solo, ou seja, atuar pela preservação dos recursos hídricos e contra o desmatamento. No futuro, atuaremos também em relação à poluição do ar, quando estivermos aparelhados para isso”.

Já o promotor Joelson de Campos Maciel defendeu a necessidade de uma “atuação em rede”, principalmente contra o desmatamento ilegal, envolvendo o máximo possível de instituições. “É preciso entender que a capacidade de recuperação das florestas tem limite”, afirmou.

APOIO OPERACIONAL – A reunião teve ainda uma apresentação de ferramentas e ações disponibilizadas pelos Centos de Apoio Operacional (CAOs) do MP para a atuação dos promotores e promotoras, feita pelo coordenador, promotor José Mariano de Almeida Neto.

Ele realçou que os CAOs disponibilizam aos membros um website com informações variadas de fácil acesso, Banco de Peças a serem utilizados como modelos-padrão, um Núcleo de Serviço Social, kits e manuais para execução do Planejamento Estratégico da instituição, além de cursos de capacitação, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Profissional (Ceaf) do MP.

Ao final da reunião, o secretário-geral do MPMT, promotor Milton Mattos, fez uma apresentação sobre “Técnicas de entrevista” que podem ser utilizadas em audiências, oitivas e interrogatórios pelos membros, com base em metodologias desenvolvidas pela Agência Brasileira de Informação (Abin).
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