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09/05/21 às 09:22 | Atualizada: 09/05/21 às 09:30

Destroços de foguete chinês caem no Oceano Índico, a oeste do arquipélago das Maldivas

Os destroços do foguete da China cuja reentrada na atmosfera era esperada há alguns dias, caíram no Oceano Índico, a oeste do arquipélago das Maldivas, informou a mídia estatal chinesa no início da madrugada deste domingo (9). A maior parte dos componentes se desintegrou pelo forte atrito com o ar.
 
As partes do foguete Longa Marcha 5B, de 18 toneladas, reentraram na atmosfera às 10h24, horário de Pequim, final da noite de sábado (8) no Brasil, e caíram nas coordenadas de 72,47° de longitude leste e 2,65° de latitude norte, informou o Escritório Chinês de Engenharia Espacial em comunicado.
 
As coordenadas colocam o ponto de impacto no oceano, a oeste do arquipélago das Maldivas.
O Space-Track, baseado em dados militares dos Estados Unidos, também confirmou a entrada na atmosfera da nave descontrolada e o local da queda.
Mapa mostra onde caíram os destroços do foguete chinês — Foto: G1
Mapa mostra onde caíram os destroços do foguete chinês — Foto: G1
 
Pessoas assistem ao lançamento do foguete Long March 5B no Centro de Lançamentos de Wenchang em 29 de abril — Foto: STR/AFP
Pessoas assistem ao lançamento do foguete Long March 5B no Centro de Lançamentos de Wenchang em 29 de abril — Foto: STR/AFP
 
As autoridades chinesas alegaram que o giro fora de controle do segmento do Long March 5B representou pouco perigo.
 
Estação Espacial
 
O país asiático colocou em órbita o primeiro módulo de sua estação espacial em 29 de abril, graças ao foguete Longa Marcha 5B – o mais poderoso e imponente lançador chinês. Foi a primeira parte deste foguete que retornou à Terra.
 
Mais 10 missões semelhantes estão programadas até o fim da construção da estação, em 2022.
 
Avanço espacial chinês
 
Em 2020, destroços de outro foguete chinês caíram em vilarejos na Costa do Marfim, causando danos, mas sem feridos. Em abril de 2018, o laboratório espacial chinês Tiangong-1 se desintegrou ao entrar na atmosfera, dois anos depois de parar de funcionar.
 
A China vem investindo bilhões de dólares em seu programa espacial há várias décadas. O país asiático enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. No início de 2019, pousou um robô no lado oculto da Lua.
 
No ano passado, trouxe amostras da Lua e finalizou o Beidou, seu sistema de navegação por satélite (concorrente do GPS americano). Pequim planeja pousar um robô em Marte nas próximas semanas e também anunciou sua intenção de construir uma base lunar com a Rússia.
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