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03/10/19 às 19:53 | Atualizada: 03/10/19 às 20:00

Dias de campo levam conhecimento e assistência técnica para produtores de leite do Araguaia

Um estudo sobre os custos de produção no campo, divulgado esta semana pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), revelou que as margens da bovinocultura de leite estão negativas este ano, em -11%. Isso significa que está cada vez mais difícil obter rentabilidade no negócio, diante – principalmente – das elevadas despesas. O desafio é tornar a propriedade cada vez mais eficiente, o que muitas vezes depende de apoio técnico.

Em Mato Grosso, uma das ações para ampliar o conhecimento e a qualificação dos produtores é a realização de dias de campo voltados para assistência técnica e gestão. O estado ocupa a nona posição no ranking nacional, respondendo por 2,2% da produção de leite no país, tendo forte presença na agricultura familiar, como destaca o coordenador de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-MT. Segundo Armando Urenha, cerca de 85% das propriedades leiteiras em Mato Grosso possuem até 4 módulos fiscais, encaixando-se nesta categoria.

O problema é que geralmente o desempenho de muitas destas propriedades é baixo, distanciando o produtor da renda esperada. Aliás, ele diz que produção média por propriedade no estado é de apenas 86 litros/dia, um volume baixo e que dificulta o acesso a margens positivas. Aliás, ele comenta que “pelo que os técnicos observam a campo, diante das condições das propriedades que são assistidas, nota-se que propriedades que não produzem pelo menos 200 litros de leite por dia tornam-se inviáveis”. E a consequência, explica” é que “cada vez há menos produtores produzindo, menos gente no mercado, mas com melhores índices de produtividade”.

E é aí que entra em cena a importância da assistência técnica e gerencial. Segundo Urenha, “apesar da difícil realidade da pecuária leiteira, é perfeitamente possível melhorar o seu cenário”. Ele afirma que “através da aplicação dos conhecimentos técnicos e da identificação dos ‘números’ que são extraídos das propriedades” é que encontra-se o caminho que pode levar à rentabilidade. E é por meio de dias de campo, que os “produtores podem adquirir conhecimento e ver novas oportunidades de aprender”, além de ampliar o relacionamento com outros produtores da região, “compartilhando entre eles informações e ações que estejam dando resultados positivos”.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DOS DIAS DE CAMPO
08/10 (terça-feira): Barra do Garça/Pontal do Araguaia (Fazenda São Judas Tadeu)
08/10 (terça-feira): Vila Rica (Estância El Shaday)
09/10 (quarta-feira): Nova Xavantina (Chácara Scapini)
09/10 (quarta-feira): Santa Terezinha (Fazenda Morro Alto)
10/10 (quinta-feira): Campinápolis (Fazenda Modelo – Campileite)
10/10 (quinta-feira): Confresa (Sitio Modesto)
11/11 (sexta-feira): Campinápolis (Comunidade São José do Couto – Faz. Irmãos Tomain)
11/11 (sexta-feira): Porto Alegre do Norte/ Canabrava do Norte (Estância Mina de Ouro)
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