Que o cachorro Corgi é famoso por ter sido uma das raças preferidas da realeza muita gente sabe. No entanto, outras raças também já fizeram — e em alguns casos, ainda fazem — parte do universo real, há muito tempo.
Estudando um pouco mais sobre a origem de diversas raças de cachorro, é possível notar que muitas vezes, eles tinham papel fundamental na sociedade e, em alguns casos, ainda eram atrelados a poderes místicos e sobrenaturais. Vamos entender um pouco sobre esses seres tão especiais e que estão ao nosso lado diariamente.
Como os Welsh Corgi chegaram à Família Real
A relação entre os Pembroke Welsh Corgi e a Família Real inglesa é bem longa! Tudo começou quando a rainha Elizabeth II, ganhou, quando tinha apenas 7 anos, seu primeiro exemplar da raça, presente do Rei George VI, seu pai.
A partir de então, construiu-se uma forte relação da nobreza inglesa com os cães. Quando a Rainha completou 18 anos, Susan, sua cadelinha até então, deu a primeira cria, gerando um legado que durou até o fim de dezembro de 2018, quando o último Corgi real faleceu.
Ao todo, a Elizabeth II chegou a ser tutora de mais de 30 cachorros da raça. Em certas ocasiões, a rainha cuidou de 8 cães de uma só vez! Por diversas vezes, a Alteza foi fotografada ao lado dos seus animais de estimação, dando ainda mais fama e prestígio à raça.
Durante os anos de convívio, um dos eventos mais importantes do mundo contou com a presença dos Welsh Corgi reais, a abertura dos Jogos Olímpicos de 2012. No entanto, a Alteza comunicou que não deseja mais ter cães pelo castelo e, inclusive, negou um presente de sua neta, afirmando que os pets são muito agitados e podem causar alguma queda.
Assim como essa demonstração de lealdade e carinhos das relações entre humanos e cães, outras raças também já foram companheiras nobres. Confira a seguir:
Lulu da Pomerânia e a Rainha Victoria
Phebe e Mercury foram os primeiros Spitz Alemão — raça que ficou conhecida como Lulu da Pomerania no Brasil e na França — que chegaram a família Real. Quase na metade do século XVIII, eles chegaram na Inglaterra ao lado da princesa Charlotte, de 17 anos.
Depois de muito tempo, a neta de Charlotte, a Rainha Victoria, também se viu apaixonada pela raça — não só pelos Poms, já que a Alteza possuiu mais de 15 cães — e durante os 64 anos do seu reinado, teve seus animais de estimação campeões de diversas competições.
A partir do século XX, a morte da rainha Victoria inspirou os ingleses a desenvolverem a mesma raça em um porte menor e com outras cores. Desde então, os Lulu da Pomerânia ganharam ainda mais fama e fazem parte de diversas famílias.
Lhasa Apso e o seu poder místico
A realeza européia não é a única que tem fortes relações com os animais de estimação. Antigos imperadores tibetanos tinham os cães da raça Lhasa Apso como grandes companheiros e ainda atribuiam-lhes poderes místicos.
Durante muito tempo a raça foi considerada sagrada por nobres e monges e tinha a função de ser guardião de conventos e mosteiros. Além disso, era praticamente impossível adquirir um Lhasa Apso, a não ser que você fosse presenteado.
Sobre os poderes místicos da raça, acreditava-se que quando o tutor de um Lhasa Apso falecesse, sua alma era transferida para o cão, assim como a sua inteligência, seus dons e outras qualidades.
Os Lhasa Apsos também não podiam sair do país, já que era sagrados e nobres. Por esse motivo, os primeiros exemplares que chegaram aos Estados Unidos, foram trazidos de presente por Dalai Lama.