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11/11/18 às 19:12

Gastos de campanha dos candidatos ao Senado por MT ultrapassa R$ 14 milhões

Os 11 candidatos ao Senado por Mato Grosso gastaram juntos R$ 14,3 milhões com a campanha rumo às urnas nas eleições deste ano. Em quinto lugar na disputa, ao receber 330,4 mil votos, Nilson Leitão (PSDB) foi o campeão de gastos, com despesas que totalizaram R$ 2,9 milhões. Do outro lado do ranking, Gilberto Lopes Filho (Psol), que recebeu apenas 6 mil votos, gastou somente R$ 3 mil.

O tucano gastou tudo que recebeu, sendo que a maior parte das doações para sua campanha, o equivalente a 73%, partiu do próprio partido. Recursos de pessoas físicas somaram 26,4% e o maior doador foi o empresário Odilio Balbinotti Filho, que investiu R$ 250 mil em Leitão.

Logo em seguida surge Adilton Sachetti (PRB), que obteve 303 mil votos e ficou em quarto lugar. Sachetti gastou R$ 2,6 milhões dos R$ 2,7 milhões que recebeu, sendo 79% deste montante proveniente do partido e 20% de pessoas físicas. Os maiores doadores foram Alessandro Nicoli, que repassou R$ 226,1 mil e, novamente, Odilio Balbinotti Filho, mas que desta vez investiu R$ 150 mil.

Carlos Fávaro (PSD) ficou em terceiro na disputa, com 434,9 mil votos, e também foi o terceiro candidato que mais gastou. Dos R$ 2,3 milhões que recebeu, utilizou R$ 2,2 milhões. O maior percentual de doação foi proveniente de recursos próprios, o equivalente a 40%, pessoas físicas investiram 35,5% e o partido, 23,7%. O maior doador foi primeiro suplente da chapa, Geraldo de Souza Macedo (PSD), que repassou R$ 500 mil para a campanha, seguido do próprio candidato, que investiu R$ 460 mil. O empresário Odilio Balbinotti Filho também doou para Fávaro, desta vez R$ 100 mil.

Eleito como o segundo candidato mais bem votado, com 490,6 mil votos, Jayme Campos (DEM) contraiu despesas no montante de R$ 2,1 milhões, R$ 400 mil a menos do que recebeu. Dos R$ 2,5 milhões arrecadados, 54,4% foram em recursos próprios e 45,3% do partido. Jayme investiu R$ 1,3 milhão em sim mesmo.

Maria Lúcia (PCdoB), que recebeu 172,2 mil votos e ficou em sétimo lugar, recebeu e gastou R$ 1,8 milhão, sendo 89% deste recurso proveniente do partido.

Candidata mais bem votada, num total de 678,5 mil votos, Selma Arruda (PSL) gastou R$ 1,7 milhão do total de R$ 1,8 milhão que recebeu. A receita da candidata foi 72% repassada por pessoas físicas e 27,1% de recursos próprios. Os maiores investidores foram seu primeiro suplente, Gilberto Possamai (PSL), que doou R$ 310 mil, e a esposa dele, Adriana Possamai, que investiu R$ 1 milhão. Juíza aposentada, Selma Arruda doou R$ 188 mil para a própria campanha.

Aladir Leite Albuquerque (PPL), que teve 9,3 mil votos, recebeu e gastou R$ 860 mil, sendo R$ 550 mil em recursos próprios e R$ 360 mil doados pelo advogado Luis Augusto Cuissi. Em sexto lugar na disputa, com 226 mil votos, o procurador Mauro (Psol), recebeu R$ 175,7 mil da legenda e contraiu despesas num total de R$ 93 mil.

Sebastião Carlos (Rede), que não teve os votos contabilizados por problemas com o registro de candidatura, arrecadou R$ 69,9 mil e gastou R$ 68,8 mil, sendo 98% dos recursos oriundos do próprio bolso.

Waldir Caldas (Novo), que ficou em oitavo lugar, com 71,4 mil votos, utilizou R$ 28,6 mil dos R$ 29,8 mil investidos em sua campanha, maior parte por pessoas físicas, que fizeram doações que variaram de R$ 100 a R$ 1 mil. Gilberto Lopes, que foi o candidato que menos gastou, recebeu um total de R$ 7,6 mil, tudo do partido. Ele ficou na décima colocação.

Os valores estão presentes na prestação de contas dos candidatos à Justiça Eleitoral, cujo prazo se encerrou no último dia 6. O limite de gastos para ao Senado nas eleições deste ano era de R$ 3 milhões.
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