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27/10/17 às 14:09

Mato Grosso poderá ter zona livre de aftosa sem vacina em 2019

Uma equipe técnica do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) esteve durante esta semana (23 a 25.10), em Porto Velho (RO) para participar da reunião de discussão do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (período 2017 a 2026). Participaram do evento diversas entidades do setor, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de representantes dos serviços veterinários de estados como Acre, Amazonas e da Bolívia.

Por ser vizinho de Rondônia e por possuir municípios que possuem uma relação comercial direta e dependente daquele Estado, como o município de Rondolândia e parte do município de Colniza, Mato Grosso foi convidado para participar da discussão, como explica a Diretora Técnica do Indea, Daniella Bueno.



Ainda de acordo com Daniella, conforme o plano de ação, alguns critérios foram levados em conta para fazer a divisão dos Estados em blocos de modo a facilitar os trabalhos. Foram consideradas por exemplo, as movimentações animais, as barreiras naturais e os serviços veterinários oficiais de cada Estado, elencou. “Após as discussões e os estudos de trânsito da região mato-grossense limítrofe ao Bloco I, preliminarmente, chegou-se à conclusão de que o município de Rondolândia e parte de Colniza devem integrar o Bloco e, assim, retirar a vacinação de seu rebanho bovino já em maio de 2019”, adiantou a técnica. 

No cronograma publicado pelo Ministério da Agricultura, Rondônia e Acre formam o Bloco I e serão os primeiros estados a pararem de vacinar, em maio de 2019; o segundo Bloco é formado por Amapá, Amazonas, Pará e Roraima; o Bloco III é formado por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; o Bloco IV é composto por Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins; e, o último Bloco V, com previsão para retirar a vacina em maio 2021, tem Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo a veterinária, para avaliação desta proposta preliminar foi formado um Grupo Gestor, formado por representantes de serviços oficiais do Indea/MT e do Mapa e setor produtivo que terão 40 dias para realizar reuniões com os produtores da região, realizar um estudo aprofundado do trânsito, avaliar a área geográfica local para decidir em conjunto sobre a implementação ou não de barreiras de contenção de transito de bovídeos e levantar todos os custos envolvidos para a formação da Zona.

O resultado da avaliação definirá os limites da Zona que comporá a primeira área livre de febre aftosa sem vacinação de Mato Grosso, e deverá ser apresentada em reunião realizada no dia 04/12 em Belém (PA) durante o Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA.
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