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27/09/17 às 08:36

Brigadistas indígenas combatem fogo supostamente criminoso no Parque Nacional do Xingu em MT

Há três semanas uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 38 brigadistas indígenas tentam combater um incêndio no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. O chefe do Ibama, Leandro Nogueira, explicou que incêndios criminosos são comuns no local em retaliação a uma demarcação de território indígena, em 2016.
 
A área mais atingida pelos fogos de incêndio está localizada no município de Gaúcha do Norte, a 595 km de Cuiabá, onde vivem índios da etnia Kalapalo.
 
Segundo ele, os crimes são cometidos por não-indígenas, que antes habitavam a região onde atualmente pertence ao território indígena Pequizal do Naruvôto, em Gaúcha do Norte. A área atingida fica na divisa com o Parque Indígena do Xingu.
Área devastada pelo incêndio no Parque Nacional do Xingu (Foto: Leandro Nogueira/ Ibama)
Área devastada pelo incêndio no Parque Nacional do Xingu (Foto: Leandro Nogueira/ Ibama)
 
“Como forma de retaliação, essas pessoas começam a provocar incêndios no local. Diariamente somos notificados sobre casos como esse”, explicou.
 
Para Leandro, a probabilidade do fogo ter começado de forma natural é quase nula. Como a área é de difícil acesso, um helicóptero do Ibama está auxiliando no trabalho de contenção do fogo.
 
“A prioridade é controlar os focos de incêndio para que o fogo não chegue até as aldeias, pois queremos preservar a população indígena”, disse.
 
O órgão informou que ainda não há informações sobre a quantidade de hectares que foram devastados até o momento.
 
O Parque Nacional do Xingu é a maior reserva indígena do Brasil. Abriga cerca de 6 mil habitantes, remanescentes de 16 etnias que conservam seus rituais mesmo diante da interferência do homem.
 
Helicóptero do Ibama ajuda no combate ao fogo (Foto: Leandro Nogueira/ Ibama)
Helicóptero do Ibama ajuda no combate ao fogo (Foto: Leandro Nogueira/ Ibama)
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