Um estelionatário acusado de aplicar mais de 1500 golpes por todo país foi preso pela Polícia Judiciária Civil, na quinta-feira (07.08), em Várzea Grande. O principal golpe aplicado por Renan Pereira de Araújo, 29, era a venda fraudulenta de aparelhos celulares pela Internet, mas as investigações da 1ª Delegacia de Várzea Grande apontam que ele aplicava outros golpes, fazendo do estelionato a sua fonte de renda.
De acordo com as investigações, o acusado anunciava em redes sociais e sites de venda pela Internet aparelhos celulares de última geração por valores abaixo do mercado, além de oferecer a possibilidade de pagamento em até 12 vezes.
As vítimas entravam em contato por telefone, WhatsApp ou e-mail e tinham que fazer um cadastro para realizar o pedido. O acusado digitalizava um contrato que era enviado por e-mail para as vítimas, que ficavam convencidas da validade do negócio. Após receber o valor da entrada para liberação do aparelho, Renan não atendia mais as vítimas.
O suspeito vinha aplicando o mesmo golpe há 6 anos, tendo feito mais de 1500 vítimas em todo Brasil e lucrado mais de meio milhão de reais. Com o cadastro que fazia das vítimas, Renan ainda aplicava outro golpe. Ele abria empresas com os dados fornecidos nos cadastros e solicitava planos empresariais em empresas de telefonia.
Após adquirir o plano empresarial por meio da fraude, o suspeito recebia de 4 a 6 aparelhos celulares liberados pelas operadoras, que vinham com nota fiscal no nome da empresa aberta para o golpe. Os aparelhos eram vendidos por valores abaixo do mercado para uma loja de celulares em Cuiabá.
Renan ainda é acusado de aplicar golpes em clientes e em uma empresa de consórcios onde trabalhava. O acusado teve o mandado de prisão representado pelo delegado Eduardo Rizzotto de Carvalho no mês de junho. Desde então, a equipe da 1ª DP-VG vinha tentando localizar o suspeito, que teve o mandado de prisão cumprido, na quinta-feira (06), quando saía da casa da sua avó.
De acordo com o delegado Eduardo Rizzoto, foram registrados mais de 20 boletins de ocorrências noticiando os golpes aplicados por Renan, em sua maioria o da venda de celulares. “Ele também fingia ter uma dupla sertaneja pela qual cobrava cachês e não aparecia para fazer o show. Questionado sobre algumas vítimas, Renan disse que aplicava tantos golpes que não tinha como se lembrar delas”, disse o delegado.
"A maioria das vítimas eram de Cuiabá e Várzea Grande. Se continuasse em liberdade, o acusado continuaria cometendo os golpes, uma vez que continuava a fazer os anúncios pela Internet", destacou o delegado.