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13/10/16 às 08:18 / Atualizada: 13/10/16 às 20:23

Mandado em Cocalinho/MT- PF combate fraude em licitações e contratos em TO; ex-governador é preso

Assessoria PF

AGUA BOA NEWS

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Mandado em Cocalinho/MT- PF combate fraude em licitações e contratos em TO; ex-governador é preso

Agentes da PF cumprindo mandado na casa de Siqueira Campos

Foto: Sydney Neto/TV Anhanguera

 A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, deflagrou hoje (13/10) a Operação ÁPIA, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atuou no Estado do Tocantins fraudando licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais.

Participam da operação cerca de 350 policiais federais. Ao todo, estão sendo cumpridos 113 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal sendo 19 mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão nas cidades de Araguaína, Gurupi, Goiatins, Formoso do Araguaia, Riachinho e Palmas, no Tocantins. Em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. No Maranhão, em São Luís, Governador Nunes Freire e Caxias. Também estão sendo cumpridos mandados em Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, Brasília/DF e Cocalinho/MT.

A investigação apontou um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos do Estado nos anos de 2013 e 2014. Essas obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de R$1,2 bilhão. Os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

O foco da investigação são as obras nas rodovias licitadas e fiscalizadas pela secretaria de infraestrutura, que correspondem a 70% do valor total dos empréstimos contraídos.

Chamou a atenção dos investigadores o fato de que, em um dos contratos, uma empreiteira pediu complemento para realização da obra de mais de 1.500 caminhões carregados de brita. Se enfileirados, esses veículos cobririam uma distância de 27 km, ultrapassando a extensão da própria rodovia. Em outra situação, a perícia demonstrou que para a realização de determinadas obras, nos termos do contrato celebrado, seria necessário o emprego de mão de obra 24 horas por dia, ininterruptamente, o que, além de mais oneroso, seria inviável do ponto de vista prático.

Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa aproximadamente R$ 200 milhões.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos, além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato administrativo e associação criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos.

O nome da operação se refere à Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma.

Atualizações - fonte: RDNews

Ás 09h24 - PF confirma condução
A Polícia Federal de Barra do Garças confirmou que em Cocalinho foi cumprido mandado de condução coercitiva pela equipe de Tocantins e por isso não tem mais informações sobre o caso. Ainda não se sabe quem é a pessoa levada para prestar esclarecimentos aos investigadores do caso.

Ás 10h53 - Empresário não é encontrado
Segundo informações não oficiais  a Polícia Federal foi a Cocalinho em busca de um empresário que prestou serviço de terraplanagem em Tocantins, mas não foi encontrado e a PF deixou a cidade. Dessa forma, não haveria qualquer envolvimento de agente público do município no caso. 

 

comentar1 comentário

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  • por Jadir trali, em 13/10/16 às 10:29

    Logo vão vir pra Água Boa.

 
 

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