Um acordo fechado nesta quarta (10), pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e coligações majoritárias e proporcionais, vai permitir que Barra do Garças tenha a eleição municipal mais silenciosa de sua história.
Durante a campanha, não será permitido o uso de carro de som para propaganda volante; a realização de carreatas e shows pirotécnicos com a soltura de fogos de artifícios.
A discussão do que será ou não permitido nas eleições foi promovida pelos pelos promotores eleitorais Nathalia Carol Manzano Magnani e Hudson Luiz Franco Mendes com os representantes das coligações do prefeito Beto Farias (PMDB), candidato à reeleição; do advogado Sandro Saggin (DEM); e de Odorico Ferreira Cardoso, o Professor Kiko (PT), além das coligações dos partidos que lançaram candidatos a vereador.
Sete pontos foram colocados na pauta de discussão: o uso de carro de som; realização de carretas; soltura de fogos; diâmetro das bandeiras que serão utilizadas na campanha; limitação de cabos eleitorais para prefeito e vereador; uso de mesas eleitoral em locais públicos; e horário dos comícios. Em todos, embora as discussões tenham sido intensas, chegou-se a um acordo.
Além da proibição de carros de som, carreatas e fogos, ficou acordado o limite de contratações de até 150 cabos eleitorais (incluindo voluntários) para o candidato a prefeito e 15 para o vereador; o uso de carro de som apenas nas passeatas; realização de comício até à meia-noite (horário de Brasília); a proibição do uso da mesa eleitoral (que substitui os cavaletes) nas calçadas; e uso de bandeiras com até quatro metros de diâmetro.
Ainda ficou decidido que na avenida Ministro João Alberto ou nos perímetros urbanos da BR-070 e BR-158 não será permitido a realização de manifestações eleitorais, lançamento de santinhos nas ruas e também a entrega de todo o material de campanha, principalmente, no dia 1º de outubro.
A ideia é evitar a poluição visual nos locais de votação ou pontos alternados da cidade. "A iniciativa visa uma eleição tranquila, sem poluição sonora ou visual e, acima de tudo, com respeito ao eleitor. O acordo foi fechado por unanimidade e esperamos agora uma eleição limpa, onde o eleitor possa escolher o seu candidato baseado em suas propostas", disse o promotor Hudson.
A coligação que descumprir o acordo, seja na majoritária ou proporcional, será multada em R$ 5 mil.