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10/08/16 às 12:03

Máquinas, calendário agrícola e clima diminuem produtividade da soja, afirma pesquisador

Diego Silva

AGUA BOA NEWS

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A fertilidade da soja vai além do uso de calcário, gesso e fertilizantes. As máquinas cada vez maiores e pesadas, junto ao calendário apertado entre colheita de uma cultura e plantio da outra e ao clima irregular, interferem negativamente para a produtividade da soja brasileira. A afirmação é do professor e pesquisador da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Cássio Antônio Tormena, que vai detalhar o assunto em Rondonópolis (MT), durante o Fórum Regional de Máxima Produtividade, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), nesta quarta-feira (10), a partir das 18h, durante a Exposul, no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias.

“Com o tamanho das máquinas aumentando, o tráfego constante e sem espaço de tempo entre a cultura de soja e milho, o solo acaba compactando, limitando o desenvolvimento da raíz da planta da soja, atingindo diretamente sua produtividade. Somado a um clima irregular e a um manejo ineficaz, a produtividade fica estagnada”, completa o pesquisador, fazendo referência à produtividade da oleaginosa, que está na casa das 50 sacas por hectare há mais de 10 anos no Brasil. 

Para o coordenador técnico do CESB, Henry Sako, as práticas que preservam a qualidade física do solo e mitigam a compactação constituem um dos grandes pilares para alta produtividade da soja. “No Fórum que será realizado em Rondonópolis será debatido esse tema, pela sua importância para a produção de soja. Os campeões do CESB possuem um solo livre de impedimento físico e isso é importante para diversos processos metabólicos da soja, como absorção de água e nutriente e ainda para a conservação do solo”, destaca Sako. “A fertilidade do solo somada às boas práticas, que vão desde à qualidade de semente e semeadura, o manejo fitossanitário e a qualidade das operações agrícolas, permitem as excelentes produtividades”, completa o coordenador do CESB.

As práticas campeãs do produtor, Elton Zanella, do município de Campos de Júlio, também serão apresentadas durante o Fórum pelo diretor da Fundação Mato Grosso e membro do CESB, Leandro Zancanaro. Zanella colheu na última safra 100,75 sacas por hectare, obtendo a mais alta produtividade na última safra de soja em Mato Grosso.

Sobre o CESB

O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estrategicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.

Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 16 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Mosaic, TMG, Stoller, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPont e Timac Agro.

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