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01/08/16 às 13:57 / Atualizada: 01/08/16 às 14:33

Piloto de avião que caiu após decolar de Cuiabá declarou emergência; ouça diálogo

Wesley Santiago - Olhar Direto

Edição para Agua Boa News, Michel Franck

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Piloto de avião que caiu após decolar de Cuiabá declarou emergência; ouça diálogo

Foto: Sérgio Zanalli/Facebook

O piloto Antônio Viçoti, que comandava a aeronave de prefixo PT-EFQ (Embraer 820 Navajo), declarou emergência pouco antes de iniciar a aproximação da pista no aeroporto de Londrina (PR) onde tentou pousar antes da queda. O avião havia decolado do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Vàrzea Grande (região metropolitana de Cuiabá) e caiu na divisa entre a cidade Cambé (PR) e Londrina. Todos os ocupantes morreram, incluindo duas crianças e um adolescente.
 
A gravação da torre de Londrina (ouça no fim da matéria) mostra que o voo seguia normalmente e o piloto já estava próximo de pousar no aeroporto do interior paranaense. Em certo momento, o controlador pediu para que fosse reportada a distância do aeródromo, Viçoti disse que seriam 9 milhas (cerca de 15 km), mas foi corrigido: “Negativo, avistamos o senhor na nossa visualização radar está a aproximadamente 13 milhas (21 km)”.

 

Logo depois, foi pedido que a aeronave ingressasse na perna contra o vento (trajetória de voo paralela à pista em uso, no sentido do pouso), mas o piloto respondeu dizendo que entraria para a direita para perna do vento (trajetória de voo paralela à pista em uso, no sentido contrário ao do pouso). Também não havia sido autorizado o pouso direito, já que um avião da Azul Linhas Aéreas tinha prioridade.
 
A torre novamente corrigiu o piloto, dizendo que é para entrar pela perna contra o vento. A próxima parte do diálogo mostra o controlador confirmando o pedido de emergência por parte do piloto. Os áudios de Viçoti não são ouvidos pela gravação, já que estava fora do rádio que gravou a comunicação, mas foram escutados pela torre de Londrina.
 
Como a emergência havia sido declarada, a aeronave com as oito pessoas recebeu prioridade no pouso, que foi autorizado pela torre. Depois disto, não há mais contato com a aeronave. Sendo assim o controlador pergunta ao piloto da Azul, que aguardava para realizar o procedimento, se ele conseguiu avistar a aeronave: “A torre avistou uma explosão, consegue avistar alguma coisa na final?”.
 
O piloto da Azul Linhas Aéreas diz que não avistou nenhum sinal de fumaça. Depois, ele ainda tenta contato com a aeronave que havia sumido, mas sem resposta. Por fim, é reportado pela torre que a aeronave caiu. O voo 9202 da Azul teve de aguardar alguns minutos no ar e só depois foi autorizado a pousar, já que havia um impasse se os bombeiros do aeroporto seriam deslocados para a cena do acidente, o que não aconteceu.

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