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03/06/16 às 20:55

Mulher que vendeu hambúrguer para tratar leucemia celebra transplante

Josiane Siqueira faz ações para arrecadar dinheiro para custear tratamento. Ela fez transplante de medula em maio e já tem resultados positivos.

G1 MT

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Mulher que vendeu hambúrguer para tratar leucemia celebra transplante

Josiane Siqueira conseguiu transplante depois de fazer festival de hambúrguer em MT

Foto: Arquivo pessoal

Diagnosticada com leucemia em novembro de 2013, a auxiliar administrativa Josiane Siqueira, 34 anos, que mora em Cuiabá, comemora os resultados positivos do transplante de medula óssea realizado no dia 4 de maio, em Curitiba (PR). Na segunda-feira (30), ela recebeu alta da internação hospitalar, e passou para o regime leito-dia, em que o paciente só vai ao ambulatório em determinados horários para receber medicações, transfusões e exames. Josiane organizou um festival de hambúrguer, entre outras ações, para arrecadar dinheiro e custear o tratamento na capital paranaense.

As idas diárias ao ambulatório do Hospital das Clínicas de Curitiba devem continuar por mais três meses e meio. Segundo Joseane, são necessárias condições específicas após as sessões de quimioterapia. Ela não pode andar de ônibus, dividir banheiro com mais ninguém, e precisa, se possível, voltar para casa em um carro particular, fator que encarece ainda mais o tratamento.
 
“No momento estou ainda em meio às reações quimioterápicas e um pouco debilitada pela baixa produção da nova medula, mas já estou bem melhor. Os primeiros dias pós-transplante são os piores, depois vai melhorando dia-a-dia”, disse Josiane.

Josiane contou ao G1 que os problemas financeiros para custear o tratamento ainda não terminaram. Ela recebe auxílio-doença do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas o valor não é suficiente para cobrir as despesas durante o período mínimo de permanência em Curitiba, até setembro.

“Nesse período estamos, minha acompanhante e eu, hospedadas em uma pousada pois não há casas de apoio para adultos. Temos de comprar alimentação, inclusive, a dieta específica para o pós-transplante, produtos de limpeza e medicações. E a recuperação pode se estender. Por isso ainda necessitamos de doações”, disse.

Além disso, outra preocupação da paciente é a ajuda para o Tratamento Fora de Domicilio (TDF), que demora pelo menos 90 dias para ser paga. Josiane contou que ainda não recebeu o auxílio referente à consulta feita em fevereiro, por exemplo.

A auxiliar administrativa foi encaminhada para fazer tratamento em outro estado porque, após o transplante, são necessárias também as transfusões de plaquetas e uma transfusão de sangue especial, a transfusão irradiada, que não é oferecida em Mato Grosso.

A paciente já passou um ano em remissão, que é quando, após o tratamento, os exames não apresentam mais os sintomas da doença. Nesse período, ela voltou ao trabalho de assistente administrativa, mas, após três meses na função, em junho de 2015, Josiane desenvolveu sintomas da leucemia novamente.

Para tentar arrecadar dinheiro para custear as despesas médicas, Josiane faz também uma "vaquinha" na internet.

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