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15/05/16 às 09:48

Exportação de milho deve perder 14 milhões de toneladas em 2016

Projeções da Agroconsult indicam redução na produção nacional por seca no Centro-Oeste

Nayara Figueiredo - DCi

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Exportação de milho deve perder 14 milhões de toneladas em 2016

Exportação de milho deve perder 14 milhões de toneladas em 2016

Foto: Keremgo/Dreamstime

RONDONÓPOLIS (MT) -  A estiagem durante a segunda safra de milho do Centro-Oeste, em estados como Goiás e Mato Grosso, puxou para baixo as projeções de produção do grão e, em consequência, deve reduzir as exportações do País, visto que os preços internos seguem mais vantajosos para o produtor rural. 

Durante palestra em Rondonópolis (MT), nesta semana, o sócio-consultor da Agroconsult Marcos Rubin projetou a retração de 14 milhões de toneladas nos embarques da commodity em 2016, considerados os dados preliminares apurados pela expedição do Rally da Safra. 

Com o salto de 12 milhões de toneladas nas exportações da commodity brasileira entre as temporadas de 2014/2015 e 2015/2016, somadas as interferências climáticas que devem derrubar em 7% a produção nacional, para 78,9 milhões de toneladas na variação anual, os estoques do grão saíram de 13,3 milhões de toneladas, em 2014, para 4,1 milhões em 2016. "Hoje temos falta generalizada de milho para consumo doméstico", disse o especialista. 

Neste contexto, o Brasil tende a perder participação de mercado para seus principais concorrentes, Estados Unidos e Argentina. Os norte-americanos, que já plantaram, aproximadamente, 64% da safra de milho, para a temporada 2016/ 2017, podem subir em 10 milhões de toneladas seus embarques, para 56 milhões de toneladas. 

O país vizinho foi amplamente prejudicado por fortes chuvas nas lavouras de soja durante a colheita, porém, o calendário de milho não teve grandes impactos, daí a expectativa de aumento em 4 milhões de toneladas nos embarques do ano.  

Produtores da região seguem atentos para os indicadores da concorrência global. Com fazendas nas cidades de Tesouro e Gaúcha do Norte, o agricultor Adelino Bissoti afirmou ao DCI que vai aguardar os resultados da safra norte-americana para decidir suas intenções de plantio de milho na próxima safra. Nesta temporada, foram cultivados 9 mil hectares do grão na safrinha. "Se os americanos tiverem problemas com clima, eu avanço meu plantio. Se a colheita deles seguir bem, vamos conter ampliações", comentou. 

(A repórter viajou a convite da Agroconsult)

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