Notícias / Justiça

12/05/16 às 07:40 / Atualizada: 12/05/16 às 07:47

Manobra petista: Barroso rejeita tentativa de impedir Temer de nomear ministros

STF nega ação do PT que pretendia impedir nomeações de Temer

Redação Água Boa News

Imprimir Enviar para um amigo
Manobra petista: Barroso rejeita tentativa de impedir Temer de nomear ministros

Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

O ministro Roberto Barroso negou nesta quarta-feira, 11, uma ação de um diretório municipal do PT que tentava impedir que o vice-presidente Michel Temer nomeie ministros de Estado caso assuma a presidência da República após o eventual afastamento da titular, Dilma Rousseff. O ministro defendeu que o chefe do Executivo, mesmo que em exercício, tem prerrogativa para escolher quem deverá ocupar os cargos no governo.Se o Senado aprovar o afastamento de Dilma, o processo do impeachment é oficialmente aberto e a Casa terá 180 dias para julgar a petista. Temer assume, então, a presidência da República. De acordo com o ministro do STF, se o peemedebista ficasse impedido de exercer as funções privativas do cargo, o País ficaria "virtualmente acéfalo".

Portanto, além de nomear e exonerar ministros, Barroso reconhece que, se substituir Dilma, Temer, além de poder nomear e exonerar ministros, será responsável por sancionar e vetar leis, celebrar tratados, comandar as Forças Armadas e editar medidas provisórias, conforme prevê a Constituição.

"O prazo de 180 dias de afastamento do presidente da República corresponde a um lapso razoável para a conclusão do processo por crime comum ou de responsabilidade. Pela tese da inicial, o País ficaria virtualmente paralisado, já que não poderia ser administrado nem pelo Presidente afastado, nem pelo Vice-Presidente. De resto, a pretensão do impetrante significaria dar uma espécie de estabilidade aos atuais Ministros de Estado, que eles não teriam na hipótese de não afastamento da Chefe do Poder Executivo", escreve o ministro.

Barroso também afirma que a interferência excessiva do direito e do Poder Judiciário na política pode prejudicar a separação dos poderes e o funcionamento da democracia. "Agrega-se ao dia a dia político um elemento de insegurança, consistente em saber como o Judiciário se pronunciará sobre os mais variados atos praticados pelo Executivo e pelo Legislativo, inclusive aqueles eminentemente internos, como os atos de nomeação e exoneração de Ministro de Estado".

Na ação, um mandado de segurança com pedido de liminar, o diretório do PT de Cidade Ocidental, município de Goiás que fica no entorno do Distrito Federal, alega que, mesmo afastada, Dilma continua sendo presidente até que seja finalmente julgada pelo Senado. Segundo o documento, os atos de Temer no cargo não teriam segurança jurídica.

comentar  Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Agua Boa News. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Agua Boa News poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
 
 
Sitevip Internet