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02/05/16 às 22:02

Siamesas nascem unidas por tórax e abdômen em hospital de Goiânia

Gêmeas compartilham fígado e membrana do coração e estão em UTI. Estado de saúde delas é considerado grave e ainda não há previsão de alta.

G1/GO

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Siamesas nascem unidas por tórax e abdômen em hospital de Goiânia

Siamesas nasceram ligadas pelo tórax e abdomen em Goiânia Goiás

Foto: Divulgação/HMI

Duas siamesas nasceram às 11h40 desta segunda-feira (2), no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, as gêmeas são unidas pelo tórax e abdômen e compartilham o fígado e uma membrana do coração.

Conforme boletim médico divulgado pelo hospital nesta tarde, o estado de saúde delas é considerado grave. As meninas pesam juntas 3,3 kg.

As crianças nasceram com 34 semanas de gestação, ou seja, no 8º mês de gravidez. A mãe, Jessyca Calado Guedes, de 24 anos, que é natural de Goiânia, está internada na enfermaria da maternidade do HMI e tem estado de saúde bom, mas ainda não há previsão de alta para ela ou para os bebês. O parto foi feito nesta manhã pela equipe do médico Zacharias Calil e durou cerca de uma hora.

Após o procedimento, elas foram levadas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e respiram com ajuda de aparelhos. De acordo com o hospital, ainda não há previsão de alta.

O cirurgião contou ao G1 por telefone que o parto foi uma cesárea e correu bem, sem imprevistos. "Estamos acompanhando este caso há cerca de dois meses. O parto estava agendado para o dia 25 de maio, mas ela entrou em trabalho de parto antes", comentou.

Ainda segundo Calil, as primeiras 24 horas são consideradas mais críticas, mas elas estão sendo monitoradas na UTI. "Até os primeiros 15 dias são mais arriscados. Ainda não há qualquer previsão de separação. Geralmente a operação é feita com até um ano de vida, mas se houver risco para alguma delas podemos antecipar o procedimento", comentou.

Referência

Este é o 34º caso acompanhado pelo HMI desde 1999. O hospital é considerado referência em parto tratamento e separação de siameses no Brasil. O médico e sua equipe já realizaram 16 cirurgias de separação em 14 anos.

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