A Polícia Civil deflagrou há pouco mais uma fase da “Operação Sodoma”. Agentes da Delegacia Fazendária estão cumprindo mandados nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Um dos alvos da operação é o médico Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa. Ele teve um mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e que foi cumprido em seu escritório num prédio na avenida do CPA.
A suspeita é de que as delações premiadas dos ex-secretários de Administração, Cézar Zílio, e Pedro Elias Domingos, tenham motivado a nova fase da operação. Presos, respectivamente, na 2ª e 3ª fases da operação, Zílio e Pedro Elias foram soltos após firmarem termo de colaboração com o Ministério Público onde revelariam novas fraudes que ocorreram no Governo do Estado durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Em três fases, a “Operação Sodoma” tem como principais alvos o ex-governador e os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda). Além deles, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio César Correa Araújo, e o ex-secretário-adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro, estão presos.
As investigações iniciaram para apurar um esquema de fraudes em incentivos fiscais no Estado. A primeira fase foi deflagrada em 15 de setembro com as prisões de Marcel e Nadaf. Sílval, que também teve mandado de prisão decretado, se entregou dois dias depois.
Já a segunda fase, deflagrada em março deste ano, levou a prisão o ex-secretário Cézar Zílio e o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que gerencia margem de empréstimos consignados dos servidores públicos. Marcel e Nadaf tiveram novos mandados de prisão expedidos.
De acordo com as investigações, as autoridades que comandavam o Estado compraram um terreno avaliado em R$ 13 milhões na avenida Beira Rio com dinheiro de propina paga por empresários que firmavam contratos com o Governo.
Mischur firmou acordo de delação premiada e também foi solto. O depoimento dele levou a terceira fase, que prendeu Pedro Elias Domingos, Sìlvio César Correa, José Nunes Cordeiro e expediu um novo mandado contra Silval Barbosa.
O empresário revelou que pagava propina de R$ 500 mil para o ex-secretário Cézar Zìlio. Ele disse que foi chamado por Silval por duas vezes para discutir sobre a propina paga.