De 59 a 60 sacas por hectare. Está deve ser a produtividade média registrada pela Amaggi entre suas fazendas em Mato Grosso nesta safra 2015/2016. O número é considerado recorde em 39 anos de existência do Grupo e poderia ser maior se algumas propriedades não tivessem registrado “leves” recuos diante o stress hídrico. Outro crescimento constatado neste ciclo é no algodão que teve uma expansão de 73,3% de sua área.
A Amaggi está com cerca de 89% de sua área colhida e registra uma média entre todas as fazendas de 59,35 sacas por hectare. O volume não era esperado, principalmente diante o stress hídrico constatado algumas regiões mato-grossenses no início da safra 2015/2016.
Na propriedade localizada em Querência, por exemplo, onde a média de produtividade varia de 58 a 60 sacas por hectare, os números apontam para 51 sacas neste ciclo. Segundo o diretor da divisão Agro da Amaggi, Pedro Valente, o volume constatado na propriedade é o mesmo de 10 anos atrás. Outra fazenda que teve problemas climáticos foi à localizada em São Félix do Araguaia, adquirida em meados de 2013 e que está em sua segunda safra. Lá deve-se fechar com produtividade média de 46,5 a 47 sacas por hectare.
“Para nós é uma surpresa esse recorde Trabalhavamos para fechar 56 sacas de média. A Amaggi faz 39 anos em 2016 e nunca havíamos registrado esse número de produtividade média unindo todas as fazendas. Nós tivemos em Querência e São Félix do Araguaia propriedades que sofreram muito com a estiagem. Na de São Félix do Araguaia tivemos um a parte que produziu muito bem onde choveu relativamente, mas em cerca de 80% não”, comentou Pedro Valente em entrevista ao Agro Olhar.
A Amaggi contra hoje com 14 fazendas em Mato Grosso e 35 armazéns, além de duas fábricas e três terminais próprios em portos. O Grupo conta ainda com cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) no Estado. Já no exterior são cinco escritórios (Paraguai, Argentina, China, Holanda e Suíça) e uma indústria na Noruega.
Algodão
O planejamento a longo e médio prazo da Amaggi na divisão Agro proporcionou nesta safra 2015/2016 a elevação em 73,3% aproximadamente a sua área de algodão. O salto da safra passada para a atual foi de 30 mil hectares para 52 mil hectares de algodão.
“Nosso algodão é 100% safrinha. Ampliamos a nossa área, na contramão da maioria do Estado, por ser um planejamento que tínhamos feito. Há oito anos tínhamos 15 mil hectares e depois voltamos para 9 mil até que chegamos a 30 mil hectares na safra 2014/2015 e ampliamos para 52 mil nesta safra. Quando se tomou a decisão o ano passado de implementar o que havia sido planejado, que já possuía estudos, nós fomos comercializando. Nós fizemos os investimentos em algodoeiras, com máquinas novas para colher. Então, é todo um planejamento de médio e longo prazo. Vamos consolidar essa área e daqui uns dois ou três anos vamos analisar novamente o mercado se existe oportunidade para crescer ou não”, explica Pedro Valente.