A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), representada pelo técnico em Agricultura, Alex Rosa, marcou presença em audiência pública realizada na terça-feira (18/03), na Sala de Reunião da Comissão “Sarita Baracat”, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em Cuiabá. O encontro discutiu o Projeto de Lei nº 1.833/2023, que estabelece uma distância mínima de 90 metros para a distribuição de defensivos agrícolas. No entanto, a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social busca ampliar essa distância para 300 metros.
O setor produtivo esteve mobilizado na defesa dos 90 metros, contando com a presença de lideranças como presidentes de sindicatos rurais, produtores e entidades do agronegócio. A participação massiva dos produtores rurais reforça a importância da manutenção do limite previsto pelo projeto, garantindo as previsões da produção agrícola e pecuária no estado.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, destacou a relevância da mobilização do setor e agradeceu a presença dos produtores e presidentes de sindicatos rurais na audiência. "A unidade do setor produtivo foi determinante para mostrar a força do agro mato-grossense. Defendemos a distância de 90 metros porque contamos com tecnologias modernas e equipamentos avançados que garantem uma aplicação segura e eficiente. Agradecemos a cada produtor, a cada liderança sindical que se fez presente e demonstrou que estamos atentos e comprometidos com a sustentabilidade de nossa atividade", afirmou Tomain.
Segundo o deputado Gilberto Cattani, a proposta de sua autoria tem o objetivo de defender o pequeno produtor, garantindo que a regulação não prejudique as previsões econômicas das propriedades rurais. “Meu projeto visa defender o pequeno produtor. Uma pessoa que estava gritando 300 metros, que não é nada para o grande produtor. Ele não liga. A maioria dos deputados defende a nossa causa. Ninguém quer envenenar ninguém. Queremos sobreviver e fazer com que as outras pessoas também sobrevivam”, afirmou o deputado.
Os produtores apresentados enfatizaram que a distância de 90 metros é suficiente para garantir a segurança das propriedades que possuem áreas agrícolas, pecuárias, de convivência e moradias. Além disso, destacamos que o setor produtivo conta com tecnologias avançadas e equipamentos de ponta que garantem a segurança na aplicação de defensivos.
Foi relatado ainda pelos produtores que o proprietário da fazenda, quando vai manipular um defensivo, usa Equipamento de Proteção Individual (EPI), tais como luva, macacão e máscara, para não ser contaminado. Existe uma série de técnicas que minimizam quaisquer riscos de contaminação.
A votação do projeto de lei está prevista para esta quarta-feira (19/03), tornando a audiência um momento decisivo para garantir que a voz do setor produtivo seja ouvida.
Participaram os presidentes dos sindicatos rurais: Valcir Batista (Ipiranga do Norte), junto com sua diretoria; Rodrigo Cassol (Campos de Júlio), juntamente com a diretoria; Juliana Bortolini (Jaciara), juntamente com a diretoria; Antônio Brólio (Campo Novo do Parecis), com diretoria; além de produtores rurais dos parceiros sindicatos e de Nova Mutum.
A expectativa é que a Assembleia Legislativa leve em consideração os argumentos apresentados pelos professores, pesquisadores, doutores, produtores e pela Famato, garantindo uma regulamentação equilibrada e alinhada com as necessidades do agronegócio mato-grossense.