Em Cuiabá, onde esteve na noite de segunda-feira (14), Jair Bolsonaro (PL) disse que, com o apoio do governador Mauro Mendes (União) "está resolvida" a eleição em favor de Abílio Brunini (PL), na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
“Eu conheço pouco de Mato Grosso, conheço ele [Abílio] mais de plenário. Pelo que vejo e pelo que sei dele, acho que tem tudo para dar certo. Com apoio do governador [Mauro Mendes] agora, acho que está resolvido. Mas, a eleição só se ganha às 17 horas no domingo”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente defendeu o voto em Abílio, candidato a prefeito de Cuiabá, na noite de segunda-feira, em ato no Parque de Exposição da Acrimat.
Mauro Mendes, que preside o União Brasil em Mato Grosso, também esteve no evento.
Ele declarou seu apoio ao candidato do PL antes do evento, em uma publicação no Instagram.
Bolsonaro disse que Abílio não esconde seu partido, diferente do que faz seu adversário, o petista Lúdio Cabral.
“Tem duas opções apenas e acredito que aqui a melhor opção seja o Abílio. Quando se fala em PT, o pessoal esconde [o apoio], a gente não esconde”, disse.
“Eu estou aqui, não sou eu que vou eleger o Abílio, a gente ajuda 2% ou 3% na campanha dele e fico feliz com isso. O que vale é a minha amizade, a forma que sou recebido e nós temos a esperança de que vamos mudar para melhor”, acrescentou.
PT E ANISTIA - O ex-presidente usou a maior parte do seu discurso, como o faz em eventos dessa natureza, para críticar o PT e defender o legado de seu Governo.
“Eu rodei o Brasil todo e não via um plástico com 13 em carro nenhum e o povo tem na memória o que foi o nosso governo", disse.
"Apesar dos problemas todos, atendemos a população na nossa gestão, uma marca que fica para nós é o pix e entregamos o Governo com R$ 54 bilhões em caixa. Agora, esse governo aqui está fazendo exatamente o contrário, as estatais voltando a dar prejuízo bilionário”, afirmou.
O ex-presidente falou para apoiadores durante 10 minutos.
Disse acreditar na reversão da sua inelegibilidade, pediu anistia aos condenados nas ações dos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, e exaltou feitos durante seu período no Palácio do Planalto.
“Ele dizem: ‘Ele esta inelegível’. Por que eu me reuni com embaixadores? Não me reuni com traficantes como o Lula fez no Rio de Janeiro. [...] Foi uma condenação complemente absurda, e eu acredito que dá para voltar isso aí”, disse.
“Dá para nós lutarmos pela anistia em Brasília. [...] Esse país é fantástico. O que falta é termos força, equilibrar os poderes. E a gente vai equilibrar por ocasião de 2026 e tudo volta a normalidade”, completou.
SEM "JÁ GANHOU" - Durante o ato com Bolsonaro, Abílio Brunini pediu aos apoiadores que tenham “pé no chão” e descartou o “já ganhou” no segundo turno da eleição.
Abílio conseguiu 126.944 votos (39,6%) dos cuiabanos, e Lúdio teve 90.719 votos (28,3%) no último dia 6, primeiro turno da eleição.
“Não existe já ganhou! Pé no chão, humildade, tratar bem o outro candidato. Trate bem os nossos adversários”, afirmou o candidato a apoiadores, em evento realizado no Parque de Exposições da Acrimat, em Cuiabá.
O candidato ainda pediu que os seus apoiadores tratem possíveis eleitores com “respeito” e sinalizou uma trégua à rivais políticos.
“Vamos tratar com respeito todos que puderem vir para o nosso lado serão bem-vindos. Temos uma cidade para resgatar. E esse resgate só vai acontecer com dignidade, respeito, honestidade, exemplo e caráter”, disse.