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15/07/15 às 11:08

Mais de 400 mil medicamentos vencem no estoque de Várzea Grande

Welington Sabino

Gazeta Digital

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Mais de 400 mil medicamentos vencidos, que estão guardados no Centro de Abastecimento e Distribuição de Medicamentos (Cadim) de Várzea Grande, serão descartados por meio de incineração. A atual gestão sob o secretário de Saúde, Cassius Clays, esclareceu que os remédios foram adquiridos entre 2013 e 2014, ñão foram distribuídos e acabaram vencendo, também na gestão passada sob a responsabilidade do prefeito cassado Walace Guimarães (PMDB).

No mesmo período, pacientes que procuravam unidades de saúde da rede pública chegaram a denunciar a falta de diversos medicamentos que deveriam ser fornecidos nos postos de saúde. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que o secretário está fazendo levantamento e abrirá processo disciplinar-administrativo para identificar os servidores que deixaram os medicamentos vencerem. Eventual responsabilidade do secretário anterior e do gestor que comandava a prefeitura à época também deverá ser apurada.

Os procedimentos técnicos-administrativos vão averiguar internamente os motivos que levaram ao desperdício de remédios adquiridos com recursos públicos e não foram distribuídos aos pacientes que necessitam. São medicamentos dos mais variados preços, passando por baixo, médio e alto custo, relatou a assessoria.

Entre eles, tem até Curosurf, medicamento usado para tratamento de recém-nascidos prematuros com Síndrome de Desconforto Respiratório (SDR), que custa em média R$ 750. Nos lotes vencidos tem ainda psicotrópicos carbamazepina, fluconazol e vários tipos de sondas usadas para nutrição. O centro de armazenamento de remédios ficam em outro local separado da Secretaria Municipal de Saúde.

As investigações deverão apontar quais servidores deveriam fazer - e não fizeram - o controle de estoque e distribuição dos produtos para as unidades de saúde. O prejuízo ainda não foi divulgado, mas até mesmo para incinerar os remédios, a Prefeitura precisará de recursos. Uma empresa precisa ser contratada para fazer o descarte de forma adequada.  A incineração só vai ocorrer após a conclusão das investigações, uma vez que os medicamentos vencidos são considerados prova principal.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, esse problema não deve ocorrer na atual gestão que está realizado processo licitatório, quando serão definidos prazo de estoque de no máximo 45 dias, quantidades certas e em volume adequado à demanda. "Será utilizado um sistema de controle para saber que tipo de remédio é mais usado em cada unidade de saúde bem como a quantidade. Assim, antes de acabar serão feitas novas compras para não ter estoque demasiado e evitar desperdício".

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