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21/05/23 às 20:15 / Atualizada: 21/05/23 às 20:23

Zelensky pede reunião com Lula, mas dá 'bolo' no presidente brasileiro

Pressionado pelo G7, petista disponibilizou alguns horários para uma reunião durante cúpula no Japão, mas ucraniano não compareceu

Natallie Valleijo

Diário de Cuiabá

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Líderes na sessão "Trabalho sobre a paz", na cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, no domingo, 21 de maio. Foto: Ricardo Stuckert
 
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deu um bolo no presidente Lula (PT) no final da reunião da cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, neste domingo, 21. A equipe do presidente brasileiro informou aos jornalistas que aguardavam a possível chegada do ucraniano desde o início da tarde, que o encontro entre os dois não aconteceria mais, na cúpula do G7, por “incompatibilidade de agendas”.

Na sala de espera ao lado de onde ocorrem os encontros bilaterais do presidente Lula, bandeiras da Ucrânia e do Brasil foram sobrepostas no aguardo de Zelensky, que na sexta-feira,19, propôs ao mandatário brasileiro uma reunião bilateral entre os dois chefes de estado durante a cúpula de Líderes. Lula, no entanto, demonstrou relutância para o encontro. Ele já afirmou publicamente que não gostaria de contrar os presidente da Ucrânia e da Rússia, Vladimir Putin, enquanto os dois países estiverem em guerra.

Mas, pressionado pelo G7, Lula chegou a oferecer mais de um horário para o encontro.
 
Ao ser questionado se ficou decepcionado pelo fato da reunião com Lula não ter acontecido, Zelensky disse ironicamente que achava que o mandatário brasileiro que deveria ter ficado decepcionado, ironicamente. “Acho que isso o desapontou”. Disse ter encontrado “quase todo mundo, todos os dirigentes. Todos têm horários próprios, por isso não pudemos nos encontrar com o presidente brasileiro”. O Ucraniano se reuniu neste domingo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
 
Lula participa da reunião de cúpula do G7 na condição de convidado. A presença do presidente brasileiro marcou o retorno do Brasil, após 14 anos, ao encontro do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

O brasileiro tem defendido que um grupo de países, incluindo o Brasil, lidere uma saída negociada para o fim da guerra, que já dura mais de um ano.
 
Desde o início do ano, falas de Lula atribuindo responsabilidade pela guerra também à Ucrânia geraram críticas de países, entre os quais os Estados Unidos.

O governo americano chegou a dizer que o Brasil “papagueia” propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia.

Após a repercussão, Lula mudou o tom e defendeu a integridade do território da Ucrânia e voltou a condenar a invasão russa.
 
No G7, o único encontro de Lula e Zelensky acabou sendo então na sessão de trabalho que dividiram, com os demais líderes e convidados da cúpula, por volta do meio-dia, mas eles não teriam se falado diretamente.

No discurso que fez diante do ucraniano, Lula afirmou condenar a “violação da integridade territorial da Ucrânia” e repudiar “veementemente o uso da força como meio de resolver disputas”. Para Lula, “os mecanismos multilaterais de prevenção e resolução de conflitos já não funcionam” e é preciso lembrar que as guerras hoje “vão muito além da Europa”, destacando o Oriente Médio e o Haiti.

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