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19/02/16 às 12:17

População deve ter cuidados com animais peçonhentos

Em três anos fora registrados quase 2 mil casos de acidentes com cobras, aranhas e escorpiões

Assessoria via Circuito MT

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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De 2013 a janeiro deste ano já foram registrados 1.972 casos de acidentes com animais peçonhentos no estado. Destaque para os casos de picadas de cobras (1.168), escorpião (547) e aranha (111) casos. O período chuvoso e quente desta época é perfeito para a estatística nada agradável, com o aumento do número de casos de ataques de animais peçonhentos. Por isso a importância das medidas de prevenção e orientações sobre os principais animais peçonhentos em Mato Grosso.

Esse aumento acontece nesta época de calor porque os animais ficam mais agitados e saem de seus habitats à procura de alimentos. As chuvas também deixam os bichos desalojados, o que provoca maior contato com as pessoas e, consequentemente, maior número de acidentes Cuidado também em relação aos ataques de lagartas (06), abelhas (55) e outros não mencionados (55).

O biólogo da Secretaria de Estado de Saúde, Luiz Saragrotto, explica, por exemplo, que os escorpiões se alimentam de baratas e insetos, por isso um ambiente limpo ajuda a afastá-lo de casa. São animais de hábitos noturnos, quando ficam mais ativos, e gostam de ambientes frios, úmidos e escuros como madeiras, ralo e buracos em pedras. “Atenção na hora de colocar um calçado, além de tampar ralos impedindo a entrada desses animais dentro de casa. A limpeza do ambiente também é essencial para evitar espécies que servem de alimentos para eles”, disse.

Saragroto acrescenta que entre os cuidados para evitar complicações com animais peçonhentos estão a atenção na hora de fazer a carpina procurando usar sempre equipamentos de proteção, como botas e luvas. No caso de um ataque de cobra, por exemplo, o uso desses materiais evita a inoculação do veneno. Geralmente os ataques desses animais são do joelho pra baixo, daí o alerta para se usarem botas mais altas. Tem ainda as agressões concentradas nas mãos e braços. “Caso seja atacado por uma cobra é recomendado lavar o local com água e sabão e não usar nenhum tipo de medicamento, pois, dependendo da espécie, o remédio pode trazer complicações no quadro clínico da vítima que deve ser levada imediatamente para um hospital”, acrescenta o biólogo.

Para prevenir e reduzir o número de acidentes com aranhas algumas das recomendações são: manter limpa a casa e a área ao seu redor, evitar lixo e entulhos que podem servir de abrigo para esses animais, tapar frestas e buracos nas paredes, tapar ralos de pias e de banheiros; examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho antes de usá-las e não colocar as mãos em tocas, buracos ou ocos de árvores.

Nos sítios e chácaras manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros.

Medicamentos
A Secretaria de Estado de Saúde esclarece que a falta do soro antiofídico em algumas unidades de saúde ocorre devido ao repasse reduzido por parte do Ministério da Saúde. De acordo com a gerência de Vigilância em Agravos Imunopreveníveis, houve redução de mais de 50% na quantidade repassada ao estado devido a adequações na fabricação do soro. Além disso, a equipe técnica da SES tem orientado os municípios, as regionais de saúde e os profissionais de saúde para que o uso do soro aconteça de forma racional e correta.

Em nota, a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde informou que o estoque do soro antiofídico também se encontra em situação crítica na Central e que aguarda os testes de controle de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para a distribuição aos estados. A Coordenação ressaltou ainda que durante o ano de 2016 o Ministério da Saúde ainda vai trabalhar com um estoque baixo, tendo em vista que os laboratórios produtores ainda estão adaptando as suas unidades aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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