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28/12/22 às 09:30 / Atualizada: 28/12/22 às 09:39

Alunos de escola pública de Goiás vencem concurso de robótica com projeto de saúde mental

Redação AguaBoaNews*

via Razões Para Acreditar

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Alunos de escola pública de Goiás vencem concurso de robótica com projeto de saúde mental

Foto: Assessoria

Estudantes protagonistas de escolas da rede pública de Ensino Médio Integral (EMI) em Goiás apresentaram um projeto de tecnologia sobre saúde mental na Campus Party Brasil 2022 em Goiânia e conquistaram primeiro lugar da competição.

A equipe CEPIDISCOVERY é formada pelo professor Ricardo Moreira e as alunas Anny Isabel, Fabíola Maciel e Raymara Araujo, do CEPI Polivalente Antonio C. Paniago, de Mineiros (GO), e pela professora Mayara Dias e os alunos Felipe Freitas, Bernardo Vieira e Karla Borges, do CEPI Osvaldo da Costa Meireles, em Luziânia (GO). Juntos, os participantes criaram um protótipo para o desafio Hackathon: “Soluções inovadoras na realidade pós-covid: resolvendo dores relacionadas à saúde, relações humanas e economia através da tecnologia”.

“O ‘PsicoAção” visa oferecer assistência psicológica, na tentativa de reduzir o elevado número de pessoas que tiveram sua saúde mental afetada, antes e durante a pandemia, em especial a população de classe média e baixa. Para isso, projetamos contar com a ajuda de psicólogos e estagiários, que auxiliarão os usuários cadastrados por meio de terapias online, com valor social e mais acessível à população”, explica a professora Mayara Dias, uma das mentoras do projeto.


Foto: Divulgação da Assessoria

A iniciativa é resultado do estímulo à tecnologia já oferecido pelas escolas de Ensino Médio Integral, como conta Karla Borges, de 15 anos, uma das jovens protagonistas envolvidas no trabalho e que também já participou anteriormente da maratona tecnológica de programação.

“Tudo começou com a seleção dos alunos para participar do projeto, depois a professora Mayara elaborou uma eletiva sobre empreendedorismo e prototipação. Por meio dos projetos que já estávamos desenvolvendo, fomos participar de um evento da SEDUC em Caldas Novas (GO), onde haviam formações constantes, elaboração de projetos e um desafio de construir um protótipo de robô através de baterias, pilhas, garrafa pet, etc. Essa base nos ofereceu a oportunidade de também participar da Campus Party em Goiânia (GO), apresentando nosso projeto de assistência psicológica. Além de ter sido uma experiência sensacional, adquirimos conhecimento, visão de mundo e muito mais”, relata.

A Campus Party Brasil é uma das maiores experiências tecnológicas do mundo, que acontece em torno de um festival de inovação, criatividade, ciências e empreendedorismo. O evento, que reúne uma grande comunidade de usuários envolvidos com tecnologia e cultura digital, tem como objetivo incentivar e promover atividades nas áreas cultural, educacional, de inclusão digital, do desenvolvimento tecnológico e econômico, dos direitos estabelecidos, da assistência social e da cidadania.

Protagonismo juvenil em ação

Felipe Freitas, de 15 anos, residente em Luziânia (GO), é um dos alunos protagonistas do EMI. Para o estudante, a construção do projeto tecnológico e a sua participação no evento foi uma experiência única e transformadora. “O lugar era incrível, cheio de computadores, robôs, drones e tudo mais. Todos os dias assistíamos palestras sobre empreendedorismo e o futuro tecnólogo. Porém, o mais interessante foi podermos criar um protótipo de aplicativo do zero, nos destacar no meio de tantas equipes e levar o prêmio”, conta o estudante.

Para Fabíola Maciel, estudante de 16 anos, da cidade de Mineiros (GO), também engajada no “PsicoAção”, o principal desafio foi a construção do protótipo do aplicativo e a lógica do seu funcionamento. Fatos que também ampliaram seu conhecimento sobre tecnologia e seu projeto de vida.
 
“Minha equipe e eu não criamos apenas um design, mas sim tudo aquilo que é necessário para que um aplicativo seja bem sucedido. Fizemos pesquisas para entender os problemas enfrentados pela população nesse período pós pandemia, assim como estudamos estratégias para convencer os jurados do grande potencial que o projeto tem. Essa experiência me fez enxergar a tecnologia muito além do que a criação de robôs ou aparelhos digitais, mas sim como um recurso que tenho para mudar o meu mundo e vários outros”, reforça a aluna.

Raymara Araújo, de 16 anos, é outra jovem colaboradora do projeto, que reforça a fortaleza do Ensino Médio Integral em promover experiências extracurriculares como essa que estão vivendo.

“A minha jornada no ‘PsicoAção’ se iniciou quando decidi participar de um projeto de prototipação que meu professor estava desenvolvendo na escola. Essa oportunidade abriu meus olhos para novas vivências, que me fizeram ter um novo ponto de vista sobre as minhas metas. Pude conhecer novas pessoas, novos lugares e, principalmente, adquirir novos conhecimentos”, finaliza.

Futuro do projeto

Além da experiência no concurso, agora o projeto caminha para ganhar ainda mais notoriedade dentro das escolas, estimulando os alunos a buscarem parcerias com universidades para torná-lo realidade.

“Transformar um protótipo em um aplicativo real é algo que exige um alto investimento, que não temos neste momento. Porém, isso não tem nos desanimado. Pelo contrário, nossos protagonistas estão ainda mais empenhados em conseguir parcerias com faculdades da região e estudantes de psicologia para que tenhamos atendimento psicológico para os jovens, pelo menos por chamada de vídeo ou outros aplicativos já disponíveis para este fim. A coordenação da escola já se dispôs a ceder horários para que os atendimentos online possam acontecer mediante agendamento. É uma proposta que está começando pelo ambiente escolar, mas que esperamos que seja aberta à comunidade local e a outras escolas que também necessitem”, informa Ricardo Souza Moreira, professor de química da CEPI Polivalente Antônio Carlos Paniago e mentor do projeto.

Sobre o Ensino Médio Integral

O Ensino Médio Integral é uma proposta pedagógica multidimensional e moderna, nacional, pública e gratuita. A partir de um modelo de ensino que se conecta à realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais, propõe a formação integral dos estudantes.
Trabalha pilares como projeto de vida, aprendizado na prática, tutoria, protagonismo juvenil, acolhimento, orientação de estudos e eletivas, que promovem a formação completa do estudante, junto aos componentes curriculares já previstos na BNCC. Está presente em cerca de 4.301 escolas em todo o país, beneficiando quase 1 milhão de estudantes.

*Com informações da assessoria de imprensa

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