Ainda que não faltem relatos de produtores mato-grossenses e agentes de mercado acerca dos impactos da estiagem sobre a segunda safra de milho, o saldo segue positivo e reajustado para cima, conforme o 10º Levantamento da Safra publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Nessa última atualização, divulgada no início do mês, Mato Grosso segue firme na oferta do cereal e fecha a safra 2021/22 colhendo mais milho do que soja.
A oferta deverá somar 40,86 milhões de toneladas.
A soja, com o ciclo já encerrado desde abril – mês em que a escassez de chuvas teve início no Estado -, soma 40,74 milhões t.
Diante do bom momento do milho, a Conab reajustou a estimativa da safra mato-grossense.
De junho para julho, passou de 85,39 milhões t para 85,81 milhões t, graças ao adicional do milho safrinha.
Com a projeção, Mato Grosso registra mais um recorde absoluto de produção agrícola, e crava o 11º ano seguido como o maior produtor nacional de grãos e algodão.
Ainda conforme esse último levantamento da safra – o penúltimo da temporada 2021/22 –, Mato Grosso amplia a participação na oferta nacional e deverá responder, sozinho, por 31,25% da safra atual.
Das três mais importantes culturas de Mato Grosso – tanto em volume como em participação de mercado –, todas apresentam crescimento em relação ao ciclo anterior.
O maior vem do milho, ganho anual de 24,6%, seguido pelo algodão, 22,8% e pela soja, 11,6%.
Enquanto Mato Grosso amplia a produção em 17,4%, passando de 73,07 milhões t – recorde até então –, a área cultivada evoluiu 6,3% no período, saindo de 17,90 milhões de hectares (ha) para 19,03 milhões.
Especificamente sobre milho, algodão e soja, o cereal deverá fechar o ciclo com 40,86 milhões t contra 32,80 milhões da safra 2020/21.
A pluma passa de 1,61 milhão t para 1,98 milhão t e a soja, de 36,52 milhões t para 40,74 milhões t.
Conforme a Conab, houve condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento das culturas de segunda safra.
Diante disso, a produção de grãos no País deverá atingir 272,5 milhões t no ciclo 2021/22, crescimento de 6,7% em relação à temporada passada, ou seja, cerca de 17 milhões t.
Para a área, também é esperado um aumento de 4 milhões de hectares, sendo estimada em 73,8 milhões de hectares.
Além de Mato Grosso, se destacam na produção agrícola brasileira o Paraná, com previsão de 36,56 milhões t, e o Rio Grande do Sul, com 24,81 milhões t.