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30/05/22 às 10:59

Do manicômio ao CAPS, uma nova perspectiva de cuidado

Assessoria de Comunicação Saúde

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Do manicômio ao CAPS, uma nova perspectiva de cuidado

Foto: Assessoria

O 18 de maio é lembrado por ser o “Dia Nacional da Luta Antimanicomial” em todo o Brasil. A data foi instituída para relembrar o Movimento da Reforma Psiquiátrica que teve início na década de 70 e, desde então, vem discutindo novas formas de tratamento pensando na dignidade, no direito à liberdade e no bem-estar das pessoas que estão em sofrimento mental.
 
No início, o principal objetivo da luta era acabar com os hospícios e manicômios, que eram usados para isolar totalmente da sociedade e do convívio familiar as pessoas que sofriam com transtornos mentais e eram consideradas “loucas”. Esses locais, em muitos casos, usavam terapias quase sempre medicamentosas, além de promover maus tratos com violência física e psicológica.
 
Hoje a luta procura possibilitar um tratamento mais humano, que seja integrado à sociedade e à família. Assim, o tratamento pode acontecer fora dos hospitais e as internações ficam destinadas apenas aos casos mais graves, e em períodos mais curtos.
 
Os Centros de Atenção Psicossociais- CAPS surgem com esse objetivo, de substituir o modelo hospitalocêntrico, reformulando o modelo psiquiátrico tradicional, ou seja, sendo uma opção aos antigos manicômios, para tal, oferece terapias que proporcionam melhor qualidade de vida aos usuários que são inseridos no contexto social.
 
O CAPS Vida Nova de Água Boa, propõe aos usuários atividades que permitem a interação social e a busca por autonomia, oferecendo um tratamento multidisciplinar com terapias individuais e em grupo, em um ambiente aberto e de caráter voluntário.
 
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A usuária da Unidade CAPS I Vida Nova, Judite Viana Fonseca, que já foi submetida a internações psiquiátricas, sofreu maus tratos que marcaram sua vida. Relata que “o CAPS foi a melhor coisa que já fizeram para as pessoas que sofrem com problemas mentais e precisam de ajuda”. Atualmente “dona Judite” participa das atividades e oficinas terapêuticas desenvolvidas pelo CAPS I e hoje seu tratamento é desenvolvimento no território, junto à família e à comunidade. 
 
A pessoa que deseja receber os atendimentos no CAPS deve procurar um serviço de saúde básica para ser referenciada ou ir direto ao local por demanda espontânea. 

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