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19/05/22 às 10:52 / Atualizada: 19/05/22 às 11:24

Deu em A Gazeta: PRF corrige informações de acidente, confirma 8 mortes e motorista não está entre vítimas fatais

Elayne Mendes, Gazeta Digital

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Deu em A Gazeta: PRF corrige informações de acidente, confirma 8 mortes e motorista não está entre vítimas fatais

Foto: Reprodução

Polícia Rodoviária Federal (PRF) retrata informações do trágico acidente ocorrido no km 799 da BR163, em Vera, entre um ônibus e um rodotrem, na terça-feira (17), e corrige número de vítimas fatais. Oito pessoas morreram e não 12. Ao contrário do informado na terçafeira, o motorista, Edmilson Pereira Campos, sobreviveu. Ele teve o braço amputado na colisão, passou por uma cirurgia e está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI), do Hospital Regional de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá).  
 
Nesta quarta-feira (18), as 8 vítimas fatais foram identificadas e entre elas estão Alfredo Lopes da Silva, 65, e sua esposa Maria Carneiro, 60. O casal morava em Cuiabá e seguia para Sinop. Eles eram pais de uma professora do colégio Salesiano São Gonçalo de Cuiabá. A instituição lamentou a morte e pediu orações pela filha e demais familiares do casal.  
 
A professora e primeira-secretária do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), subsede Sinop, Sidinei Oliveira Cardoso, 48 e seu filho Carlos André Fidelis Cardoso, 13, também morreram no acidente. Ela era professora de português na Escola Estadual Edeli Montovani. Os dois tinham vindo a Cuiabá participar de protestos na segunda-feira. A morte de mãe e filho foi lamentada pelo presidente do Sindicato, Valteir Pereira, que destacou que Sidinei sempre esteve à frente da luta por melhorias na educação do estado.  
 
A esteticista Brenda Nunes Ronsoni, 23, era natural de Água Boa, mas morava em Sinop. Com pouco mais de 2,2 mil seguidores nas redes sociais, ela fazia sucesso com maquiagens profissionais feitas por ela. A jovem também está entre as vítimas fatais da tragédia. Amigos e familiares lamentaram sua partida precoce.  
 
Outra morte confirmada foi de Pedro Henrique Rodrigues Leal Pinto, 21. Ele cursava o 7º semestre de Ciências Contábeis e era idealizador de uma página esportiva na internet. Seu sócio no projeto, Matheus Dias, externou a tristeza em perder o amigo. “É com dor imensa que venho aqui comunicar o falecimento de Pedro Leal, o idealizador do perfil. (sic) O futebol/esporte mato-grossense perde um grande fã”, lamentou.  
 
O advogado Clayton Aparecido da Silva, 38, estava no ônibus da Expresso Itamarati e também morreu. Aprovado em concurso público recentemente, ele viajava a trabalho para Sinop, como papiloscopista da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Ele deixou esposa e um filho de dois anos. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB) lamentou a tragédia e externou as mais sinceras condolências, tanto aos familiares de Clayton, como das demais vítimas.  
 
A 8ª vítima foi identificada como Déborah Costa de Almeida, 21. Ela era moradora do bairro Pedra 90, na Capital.  
 
Responsável pede desculpa por falha  

Superintendente da PRF, Francisco Elcio Lucena lamentou o desencontro de informações sobre o quantitativo de mortes no acidente entre Sorriso e Sinop (420 km e 500 km ao norte de Cuiabá, respectivamente). Explicou que houve dubiedade na contagem de corpos que já haviam sido contabilizados no ônibus e, posteriormente, colocados fora do veículo. Pediu desculpas à sociedade e afirmou que o órgão continuará atuando para melhorar a comunicação.  
 
Destacou que no momento do acidente houve muita tensão por parte das instituições de segurança pública envolvidas, que precisam se preocupar com o resgate e socorro das vítimas e também com as informações a serem repassadas à imprensa, que é o canal mais curto até os familiares dos envolvidos na tragédia. “Quem está apto a dar informações sobre acidentes em rodovias federais é a PRF, mas estamos pecando nisso por não ter um profissional da área no cargo de assessor de imprensa. Destinamos dois policiais que passam por treinamento, mas não são jornalistas. Pedimos desculpas pela falha”.  
 
Quanto à dinâmica do acidente, o superintendente frisou que tudo indica que o motorista do ônibus invadiu a pista contrária e ficou frente à frente com a carreta carregada com soja. “Tem marcas de freio do ônibus na pista contrária. Também houve um problema mecânico no ônibus associado ao fato de o motorista estar dirigindo a mais de 10 horas. Mas, para afirmar qualquer coisa, temos que esperar o laudo pericial”.

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