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11/05/22 às 07:28 / Atualizada: 11/05/22 às 08:22

Justiça mantém prisão de empresária que mandou matar marido para ficar com herança

Juiz pontuou que as três filhas de Ana Cláudia estão sob os cuidados da avó materna e recebendo acompanhamento com profissionais de saúde

Amanda Divina

Hipernotícias

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Justiça mantém prisão de empresária que mandou matar marido para ficar com herança

Foto: Reprodução instagram

O juiz Flávio Miraglia Fernandes negou liberdade à empresária Ana Cláudia Flor, acusada de mandar matar o próprio marido para ficar com a herança, nesta terça-feira (10). A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. Entretanto, o magistrado alegou que a mulher não reuniu elementos necessários à concessão da prisão domiciliar.

De acordo com o magistrado, Ana Cláudia foi a arquiteta intelectual do assassinato do marido e que usou de artimanhas para ter acesso às investigações policiais da morte de Toni Flor.

A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. No início de março, os advogados apelaram à Justiça citando problemas psicológicos graves sofridos por uma das três filhas menores de idade da ré. 

Entretanto, o juiz Flávio pontuou que as três filhas de Ana Cláudia estão sob os cuidados da avó materna e estão recebendo acompanhamento com profissionais da saúde.

"Além do periculum libertatis ostentado por Ana Claudia, a mesma não reúne elementos necessários à cautelar requerida, e é de fácil constatação que as crianças não estão desguarnecidas de cuidados, muito pelo contrário, estão assistidas pela avó materna que vem cumprindo com zelo o múnus, haja vista os informes de que as menores estão passando por acompanhamento com profissionais da saúde", afirmou o magistrado.

RETIRADA COMO HERDEIRA

As três filhas da empresária Ana Cláudia recorreram à Justiça para que a mãe seja excluída do recebimento de bens deixados por Toni Flor. Toni e Ana Claudia estavam casados há 15 anos. O casamento, no entanto, vinha passando por conturbações por conta dos relacionamentos extraconjugais de Ana Cláudia. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Com receio de perder a herança,  Ana Cláudia, segundo o Ministério Público (MPMT), teve a ideia de assassinar o marido e contou sobre a intenção para a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva. Entretanto, Ana teria dito que sofria violência doméstica. 

De acordo com a defesa das filhas da empresária, "está claro que a requerida praticou ato indigno, sendo a medida que se impõe, portanto, a declaração da indignidade por sentença judicial a fim de excluí-la da sucessão do de cujus". Ressaltou ainda que uma casa estava vendida e que um carro Toyota Corolla já havia sido negociado.

INVESTIGAÇÃO

Durante a investigação da Polícia Civil, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil aos contratados. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.

Depois de saber sobre o intuito de Ana, Ediane passou o contato de Wellington Honório para a esposa da vítima e ambos combinaram a morte de Toni pelo valor de R$ 60 mil. Logo depois, Wellington contou sobre o crime a Dieliton Mota da Silva, 25 anos, e os dois contrataram Igor Espinosa para cometer o crime.

Igor cumpriu o combinado e executou Toni com quatro tiros em frente a uma academia no bairro Santa Marta, em Cuiabá. Após o crime, ele recebeu o valor de R$ 20 mil e mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Entretanto, Wellington e Dieliton não receberam o valor combinado.

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