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08/05/22 às 08:32

Dia das Mães - Mãe de quadrigêmeos usou disciplina 'militar' para organizar rotina

A reportagem do Diário de Cuiabá retornou, 22 anos depois, para recontar a história da família cuiabana

Alecy Alves

Diário de Cuiabá

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Dia das Mães - Mãe de quadrigêmeos usou disciplina 'militar' para organizar rotina

O nascimento dos quadrigêmeos da família Dal Ponte chamou a atenção e virou notícia em Cuiabá.

Foto: Dinalte Miranda/Diário de Cuiabá

Neste Dia das Mães, a médica pediatra Débora Dal Ponte Carvalho, 52 anos, relembra o grande susto da descoberta da gravidez de quadrigêmeos, o parto prematuro, a superestrutura montada pós-nascimento, assim como o regime “militar” imposto para organizar a rotina dos filhos e da casa.

Vinicius, Guilherme, Carolina e Juliana Dal Ponte nasceram em agosto de 1999.

O nascimento dos quadrigêmeos chamou a atenção e virou notícia em Cuiabá.

Nasceram prematuros, na 32ª semana de gestação, e precisaram permanecer sob cuidados em uma UTI neonatal, antes de irem para casa.

A chegada dos quatro não só encheu de vida o grande apartamento da família, até então ocupado por Débora e o marido, Luiz Cláudio.

Transformou-o em um movimentado “quartel militar”.

Além dos seis, pais e filhos, a estrutura de cuidados incluía seis babás (duas de dia e quatro revezando nos plantões noturnos), mãe e tias de Débora, entre outros colaboradores.

Só fraldas descartáveis, relembra a mãe, eram gastas cerca de 40 ao dia.
Voltando à gestação, Débora recorda que não engravidou por inseminação, mas por indução à ovulação, com uso de medicamentos.

 
Dinalte Miranda/DC

Vinicius, Guilherme, Carolina e Juliana Dal Ponte nasceram em agosto de 1999

 
Na sexta semana de gestação, tiveram a grande surpresa.

O marido, que é radiologista, era quem fazia a primeira ultrassonografia dela.

“Vi a fisionomia dele se alterando. Nervoso, parecia não acreditar nas imagens das quatro bolinhas, os quatro sacos gestacionais”, recorda.

“Eu, também olhando, fiquei assustada, mas sem entender direito por que meu marido não contou que eram quatro!", completa.

Em choque, Luiz Cláudio não conseguiu concluir o exame e passou para outro profissional.
Depois da descoberta, vieram os cuidados com a saúde de mãe e filhos.

Com acompanhamento e atenção quadruplicados, Débora levou a gravidez até a 32ª semana, antecipando, em três semanas, o nascimento das crianças.

Isso, por recomendação especializada, para assegurar a saúde de mãe e filhos.

Hoje, com três filhos na faculdade e uma recém-formada, Débora garante que a rotina, nem de longe, lembra a agitação dos primeiros anos.

Dois deles, Juliana e Vinicius, seguem a carreira da mãe. Eles fazem Medicina.

Já Guilherme optou por Odontologia, enquanto Carolina acabou de concluir a faculdade de Direito.

Na infância, além de estabelecer horário para cada atividade, desde as refeições às brincadeiras, Débora ensinou e exigiu que os filhos executassem diversas tarefas.

Arrumar a cama, organizar os brinquedos e preparar a lancheira para ir à escola estavam entres as atribuições diárias deles.

Atualmente, a família não tem empregados fixos.

Somente diarista, uma vez por semana, e uma passadeira.

São os filhos que ajudam no preparo das refeições e a manter a casa em ordem.
E cada um ainda lava as próprias roupas.

Débora acha que até exagerou na disciplina.

“Fui rígida demais”, diz.

“Eu tinha a sensação de que não ia conseguir, que não daria conta”, justifica-se.  

Os filhos discordam da mãe. Todos estão de acordo que ela agiu da maneira necessária, e a agradecem pela forma como foram educados.

Juliana sai à frente: “Não poderia ser diferente, com tantas crianças ao mesmo tempo para cuidar”.

E Débora completa, entre risos: “Até para falar, precisava ter organização”.

Ela estabeleceu a ordem decrescente de fala. 

O “mais velho”, que nasceu com um minuto de diferença, começava.

Nem sempre dava certo: às vezes, invertia.

Isso porque, explica a mãe, assim que entrava em casa, retornando do trabalho, todos a agarravam e queriam atenção e contar suas histórias ao mesmo tempo.

Mas, foi a educação que deu aos filhos, mesmo considerando exageradamente rígida, que garante à Débora a segurança quando eles saem para balada ou situações de necessidade familiar.

Como quando Débora e o marido precisaram se ausentar por 40 dias, por conta do tratamento de câncer, dela, feito no Estado de São Paulo.

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