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15/01/16 às 10:08

Siamesa separada tem piora no estado de saúde, diz hospital

Bebê Fernanda Neves já havia apresentado instabilidade e recebido dreno. A irmã dela, Júlia, continua com quadro considerado grave, em Goiânia.

G1/GO

Edição: Água Boa News, Clodoeste Kassu

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Siamesa separada tem piora no estado de saúde, diz hospital

Siamesas separadas seguem internadas em UTI e respiram com aparelhos

Foto: Divulgação/HMI

A siamesa separada Fernanda Neves, de 5 meses, teve uma piora no estado de saúde. Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, na manhã desta sexta-feira (15), o quadro é considerado gravíssimo. Já a gêmea dela, Júlia, segue em estado grave. Ambas seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e respiram com a ajuda de aparelhos.

Fernanda já havia apresentado um momento de instabilidade na quinta-feira (14) por causa de um pneumotórax, que é excesso de ar no diafragma. Segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, o problema provoca uma maior dificuldade na respiração. Por isso, foi implantado um dreno de emergência.
 
Conforme o médico, na ocasião, a situação foi percebida e normalizada imediatamente. “Logo que percebemos já foi colocado o dreno de emergência, que tira o ar para fora do diafragma, e ela voltou a ficar estável. Esse dispositivo deve ser removido em dois ou três dias só com uma anestesia local”, esclareceu o médico. No entanto, a menina voltou a apresentar piora.

A cirurgia de separação das siamesas foi realizada na última quarta-feira (13). As irmãs, que eram unidas pelo tórax e abdômen, compartilhavam o fígado e uma membrana do coração.
Calil ressaltou que durante as primeiras 48 horas após a operação as pacientes são monitoradas o tempo todo, mas esse tipo de reação, como o pneumotórax, já era esperado. “É um período crucial porque, depois que os siameses se separam, existe uma verdadeira catástrofe no organismo. Até então, não se sabe como o organismo vai reagir. Em fração de minutos muda completamente a condição deles”, alertou.

O cirurgião explicou ainda que, na maioria dos casos, os bebês maiores são os que mais sofrem com a separação porque eram os mais dependentes, como é o caso da Fernanda. “Ela é a maior, então comia menos, mas recebia mais nutrientes. A Júlia, que é a menor, se alimentava em maior quantidade, mas recebia menos nutrientes”, afirmou.
 
Gemeas siamesas Julia e Fernanda vêm a Goiânia para passar por cirurgia de separação Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Júlia e Fernanda passaram por cirurgia de separação, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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