A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá prendeu o líder da organização criminosa que roubou R$ 1 milhão em joias de uma comerciante, moradora de um prédio na Avenida Presidente Marques, no bairro Santa Helena, na Capital. O suspeito, Diogo Teles Catette, 25 anos, teve o mandado de prisão preventiva cumprido nesta quarta-feira (13.01). O rapaz foi preso no bairro Paiaguas, região do Centro Político Administrativo.
O suspeito é o segundo assaltante preso nas investigações do roubo milionário ocorrido na tarde do dia 7 de janeiro. Na noite do mesmo dia, o executor do roubo, Jeikson Pedro de Arruda, 24 anos, foi preso em flagrante, em ação integrada das Polícias Civil e Militar com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer). Ele usava tornozeleira eletrônica, tendo sido posto em liberdade no dia 17 de dezembro de 2015.
Com Jeikson, foram recuperadas algumas peças em ouro que somando tudo totaliza R$ 15 mil, uma pistola 380 usada para prática do roubo, munições e um simulacro de arma de fogo, bala clava (capuz) e a camiseta que usada durante o assalto e que foi reconhecida pela vítima.
Seu comparsa, Diogo, de acordo com as investigações, era a pessoa com quem Jeikson conversa ao telefone. Diogo coordenava toda a ação por telefone celular e estava próximo ao prédio da vítima. “Ele estava nas proximidades dando apoio logístico. Nas imagens do circuito de segurança do prédio, Jeikson aparece conversando ao telefone. Identificamos que era com Diogo com quem falava”, disse a delegada Elaine Fernandes da Silva.
Os dois presos, Jeikson e Diogo, e uma terceira pessoa, já identificada, pertencem a mesma quadrilha investigada na operação “Sétimo Mandamento”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrada em 2011, para desarticular uma organização criminosa que atuava em roubos na modalidade “saidinha de bancos”, assaltos em residências e comércios.
Os dois têm condenações por roubos. Diogo tem três condenações por crimes de roubos qualificados, cujas penas unificadas chegam a 24 anos de prisão, além de responder processo por homicídio e outros roubos. Ele cumpriu apenas três anos e foi posto em liberdade em 2015, com uso de tornozeleira eletrônica.
O suspeito Jeikson Pedro de Arruda responde processos criminais por homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo qualificado e já foi condenado ao cumprimento de seis anos de reclusão por roubo qualificado. O jovem é irmão de Oilquerson de Arruda Neves, que foi preso na operação “Sétimo Mandamento”.
As investigações continuam para prender o terceiro envolvido.
O roubo
A comerciante procurou a Derf Cuiabá para comunicar o roubo e contou que no início da noite do dia 6 de janeiro recebeu uma ligação de uma pessoa interessada em comprar uma pulseira de ouro. O homem se identificou como “Artur” e disse ser indicado por um cliente de nome “Edson”. A vítima informou que tem três clientes com o mesmo nome e por isso não desconfiou. Ela marcou com o suposto comprador às 13 horas do dia seguinte.
De acordo com a comerciante, na dia seguinte o suposto cliente ligou novamente e pediu para explicar o endereço de sua casa. Ao abrir a porta, a vítima ainda perguntou qual dos “Edson” havia lhe indicado e foi quando o suspeito apontou uma arma de fogo e a empurrou para o apartamento, onde estava seu filho e uma cliente.
A vítima relatou que o bandido ordenou que os dois deitassem no chão e mandou a comerciante colocar os mostruários de joias dentro de uma mala que carregava. Em seguida, o assaltante mandou que ela ligasse na portaria e autorizasse sua saída. Nisso o bandido ligou para um comparsa para lhe buscar.
O assaltante trancou a vítima e o filho no quarto e obrigou a cliente que estava na casa da comerciante lhe acompanhar até a portaria.