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21/08/21 às 21:01 / Atualizada: 21/08/21 às 22:37

Morte no Garimpo - Empresária tinha experiência com o manuseio de explosivos

Amiga explicou que Daniella Trajano Dalffe estava animada com o trabalho e a faculdade

Bruna Barbosa

Mídia News

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Morte no Garimpo - Empresária tinha experiência com o manuseio de explosivos

Daniella Trajano Dalffe, cursava Engenharia de Minas na UFMT

Foto: Arquivo Familiar

A empresária Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos, que morreu após uma explosão em um garimpo em Guarantã do Norte (a 721 km de Cuiabá), na manhã dessa sexta-feira (20), era uma das poucas mulheres que atuavam no ramo de detonação de explosivos no Brasil. 
 
De acordo com Saruy Vírgínia Moraes, de 26 anos, amiga de Dani, como era conhecida pelos amigos e familiares, desde a oitava série, trabalhar como blaster (como são chamados os detonadores) era uma das paixões da jovem. 
 
Dani também estava cursando Engenharia de Minas na UFMT desde 2019. Saruy conta que, atualmente, a amiga estava vivendo uma das melhores fases da vida e se sentia realizada em vários aspectos.
 
"Atuava nisso há anos e adorava. Ela gostava muito dessa área de detonações. Sempre postava o trabalho no Instagram e estava muito animada com o curso". 
 
Um dos planos de Dani era terminar a graduação para ocupar o cargo de engenharia de minas na empresa dos pais, a Arcompeças, empresa atacadista que vende explosivos e compressores. 
 
"Atuava nisso há anos e adorava. Ela gostava muito dessa área de detonações. Sempre postava o trabalho no Instagram e estava muito animada com o curso".
 
Saruy explica que a função de blaster (pessoa que possui licença para manusear explosivos) na empresa dos pais era desenvolvida pela amiga há muito tempo, desde que ela conseguiu a licença para atuar no ramo. 
 
Paixão pelos sobrinhos 
 
Ela conta que os três sobrinhos também eram as grandes paixões de Dani. Descrita pela amiga como prestativa, alegre e "mãezona", o amor por crianças e o carinho dos amigos já haviam lhe rendido vários afilhados, brinca Saruy. 
 
As duas se conheceram na escola e a amizade foi eternizada na pele quando fizeram uma tatuagem juntas para simbolizar o amor entre amigas. 
 
"Era uma pessoa alegre, parceira para todas as horas, prestativa e presente. Ela era incrível. Adorava cozinhar para os amigos, adorava músicas, festas e viajar. Tinha vários afilhados, as amigas 'davam' para ela batizar". 
 
Recentemente, as duas viajaram juntas com o grupo de amigos em comum pela última vez. 
 
Saruy descreveu o passeio como "gostoso e divertido". Um dos muitos com a presença de Dani que ficaram na memória, de acordo com ela. 
 
Como cresceram praticamente juntas, a engenheira conta que passou o dia todo na casa dos pais da amiga para ajudá-los com as questões burocráticas do velório e enterro, que devem acontecer nesse sábado (20), em Cuiabá.

 
Reprodução

Dani e Saruy fizeram tatuagem juntas para simbolizar amizade
 
"Os pais dela estão desolados. Estou muito triste, parece que ela irá chegar aqui na casa dela a qualquer momento. Não será fácil viver sem ela". 
 
Morte trágica
 
Ainda abalada com a morte, Saruy pediu à reportagem para não falar sobre a forma que Dani morreu. Apesar disso, ela afirma que a amiga gostaria de ver sua história sendo contada. 
 
"Acho que ela merece uma homenagem bonita, ela era uma pessoa maravilhosa em todos os sentidos. Quero que todos leiam todas as qualidades dela, quero que seja lembrada assim". 
 
Ela lamenta que os finais de semana entre os amigos nunca mais serão os mesmos sem Dani. 
 
De acordo com ela, o bom humor da amiga fazia com que ela sempre tivesse uma "piada pronta para contar". 
 
“Nós amigas somos muito grudadas [com ela]. Vou sentir falta da companhia dela, da alegria. Ela era super engraçada e alegre. Nossos finais de semana nunca mais serão iguais sem ela”.
 
No Instagram, Dani costumava postar fotos dos momentos entre amigos e com os sobrinhos. 
 
Para Saruy, a amiga tinha a capacidade de reunir diferentes grupos de amizade. 
 
“Ao decorrer dos anos ela fez amizades pelo caminho e, por incrível que pareça, ela conseguiu unir vários amigos de rodas diferentes. Era parceira para todas as horas”. 

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